As recentes chuvas intensas que atingiram o Rio Grande do Sul trouxeram à tona questões cruciais sobre a capacidade de enfrentamento dos estados diante de eventos climáticos extremos. No entanto, enquanto o Porto Alegre enfrentava desafios com suas comportas no Rio Guaíba, a questão da preparação para chuvas intensas no Rio de Janeiro também merece destaque.
Com sua geografia problemática e histórico de grandes enchentes e deslizamentos de terra, a capital fluminense enfrenta constantes desafios relacionados às chuvas intensas há anos. Com três grandes maciços em seu território e ocupação urbana próxima às encostas, além da presença de rios que descem para áreas mais baixas, o município se torna propenso a desastres climáticos.
Mesmo em áreas mais estáveis geograficamente, o município sofre com pontos crônicos de alagamentos, afetando regiões como a Grande Tijuca, Catete, Jardim Botânico, Avenida Brasil, Acari, Fazenda Botafogo e áreas da Zona Oeste, como Jardim Maravilha em Guaratiba.
Somente a cidade do Rio tem plano estratégico para mudanças climáticas em todo o estado
Diante desses desafios, a Prefeitura do Rio desenvolveu um plano de contingência para desastres naturais, incluindo a identificação de áreas propensas a alagamentos e deslizamentos. Algumas dessas áreas foram alvo de intervenções, como a construção de reservatórios subterrâneos, conhecidos como “piscinões”, nas Praças da Bandeira, Varnhagen e Niterói, todos na Grande Tijuca. Esses reservatórios têm capacidade para acumular 118 milhões de litros de água, reduzindo o impacto das enchentes.
Além disso, a prefeitura investiu na criação de um sistema de desvio do Rio Joana, com a construção de túneis de drenagem urbana, visando desaguar diretamente na Baía de Guanabara durante períodos de chuvas intensas.
No entanto, apesar dessas medidas, os desafios persistem. Um mapeamento feito há alguns anos apontou que das 197 comunidades pobres da cidade, 117 têm construções em áreas de alto risco, com cerca de 18 mil domicílios suscetíveis a deslizamentos em épocas de chuvas. Em nove dessas favelas, 100% do território foi considerado em área de alto risco, como o Morro do Chacrinha, na Tijuca, e a comunidade da Matinha, na Rocinha.
A Defesa Civil desempenha um papel central na resposta a essas emergências nas comunidades, com as sirenes de emergência. Ao todos, são 103 equipamentos, que começaram a ser implantados em 2011, e a primeira localidade a receber a sirene foi o Morro do Borel, na Tijuca. Sempre que os protocolos de chuva são atingidos (a partir de 55 milímetros em uma hora), as sirenes são acionadas de maneira remota, a partir do Centro de Operações. No entanto, quando necessário, a Defesa Civil Municipal realiza os acionamentos das sirenes de maneira manual, por meio de agentes e lideranças comunitárias.
É evidente que, embora o município tenha adotado medidas para lidar com as chuvas intensas, ainda há muito a ser feito em outras áreas do município, especialmente no extremo da Zona Oeste. O Jardim Maravilha, uma área de ocupação urbana em rápido crescimento, enfrenta quase anualmente problemas graves de enchentes. Embora a prefeitura tenha realizado intervenções pontuais, como a limpeza de rios na região para desobstruir o curso da água, ainda falta um plano abrangente e de grande porte para enfrentar esse desafio de forma mais eficaz.
Sem solução se vier uma tempestade como essa que atingiu o Sul. O homem é o culpado por essa mudança radical do clima e nada faz para impedir que as catástrofes venham cada vez piores. Podemos nos preparar que mais virão.
O RJ não está preparado, nem o Brasil, não há nenhum plano preventivo,Q se saiba no Brasil , para uma catástrofe como essa.
Chuva? Só se pagarem de novo pro cacique Cobra Coral…
Não. Sabemos que o Rio de Janeiro decididamente não está preparado para fortes chuvas, enchentes e tragédias como vista no RS. O povo constrói, fugindo da escassez de seus Estados de origem, em área preservada que tornaram-se área de risco por destruir florestas nativas. Invadem, constroem e assim o perigo aumenta a cada ano. Não tem governo que dê jeito. O Rio de Janeiro está saturado.
Concordo 100% ! Finalmente os fluminenses estão aocrdando !