Rio: Mês de janeiro registrou alta de 33% nos casos de feminicídio, segundo ISP

De acordo com o Instituto, 12 mulheres foram mortas no primeiro mês do ano e 35 quase foram assassinadas pelos seus agressores

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Imagem: Banco de Dados

O Estado do Rio de Janeiro registrou um acréscimo de 33% nos números de feminicídio em janeiro deste ano, em comparação ao mesmo mês do ano passado, segundo um levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP). As tentativas de homicídio contra mulheres também subiram, com aumento de 20% dos casos. De acordo com a pesquisa, 12 mulheres foram assassinadas no primeiro mês do ano e 35 quase foram mortas pelos seus agressores. Em janeiro de 2023, foram nove assassinatos e 29 tentativas.

Letícia Barbosa Leite da Silva, de 29 anos foi das vítimas fatais de 2024. Em 26 de janeiro, policiais encontraram o seu corpo enterrado no quintal da casa onde morava, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, dez dias depois de ser assassinada por Rafael Pereira Gomes da Silva, seu ex-namorado. A perícia descobriu que Letícia foi enterrada viva.

De acordo com as investigações, a mulher morreu por por “asfixia por constrição do pescoço e soterramento”. O homicídio foi cometido por Rafael Pereira não aceitar o fim do relacionamento. O criminoso enforcou a vítima dentro da casa na presença do filho de 2 anos. Quando foi enterrada, a vítima estava apenas desacordada.

No dia 1º de fevereiro, o assassino se entregou na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Na ocasião, ele contou outra versão sobre o assassinato aos policiais, que identificaram contradições em seu relato, fato que o levou a confessar o crime. Segundo Rafael, o homicídio ocorreu porque a vítima disse que sairia de casa com a criança para viver com o atual companheiro. Uma discussão foi iniciada, com o feminicídio ocorrendo em sequência.

Em Campo Grande, na Zona Oeste da cidade, Kethelyn Botelho foi agredida com socos e tapas pelo namorado Gabriel Pereira, no dia 19 de janeiro, em um condomínio. Vizinhos gravaram vídeos com as agressões. Kethelyn disse à polícia que relacionamento era abusivo e marcado por agressões. A jovem denunciou o namorado na 35ª DP (Campo Grande), onde as imagens foram analisadas, levando os policiais solicitarem a prisão temporária do agressor, além de medidas protetivas de urgência para a vítima. As investigações estão em curso.

A empregada doméstica Marcele Pereira da Silva, de 43 anos, foi morta a facadas, em 18 de janeiro, pelo ex-marido Rogério Cabral Massaroni, conhecido como Bodão, com quem foi casada por 16 anos. O crime ocorreu na comunidade Agrícola, no Alto da Boa Vista, Zona Norte do Rio. Após o crime, o assassino enviou ameaças de morte pelo celular de Marcele aos parentes da vítima que moravam com ela, mas desistiu porque a filha do casal estava na casa. O criminoso foi preso um dia depois do assassinato. No dia 20 de janeiro, ele foi encontrado morto na cela da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

No município de Saquarema, na Região dos Lagos, Pedro Henrique Moreira, de 21 anos, foi preso por suspeita de ter assassinado por estrangulamento a ex-namorada, uma adolescente de 16 anos, que estava grávida de três meses. O término recente do relacionamento teria sido o motivo do crime. Segundo parentes da vítima, Pedro estava inconformado com o fim do namoro, tendo tentado a reconciliação algumas vezes. Como não conseguiu, marcou um encontro com a vítima com o pretexto de falar sobre a gravidez. Cometeu o crime e fugiu em seguida, relataram os parentes da adolescente.

Informações: O DIA

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