Recentemente, foram divulgados pelo Ministério da Economia os resultados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). De acordo com a analise do Instituto Rio 21 em cima dos dados apresentados, considerando o balanço entre admissões e desligamentos no setor formal da economia brasileira, há um saldo positivo, de 0,37%, que é o resultado de 15.166.221 admissões e 15.023.531 desligamentos ao longo de todo o ano.
Ainda segundo as observações do Instituto Rio 21, os dados gerais do Brasil apontam para a retomada dos empregos formais a partir de julho, tendo o mês de novembro apresentado o melhor saldo entre as admissões e os desligamentos.
Contudo, na cidade do Rio de Janeiro o cenário é mais sensível. Entre janeiro e dezembro, o mercado formal teve o estoque de trabalhadores formais reduzido, resultado de um balanço de 501.796 admissões e 594.549 desligamentos. Um saldo de redução de -92.753 postos de trabalho formais. A variação relativa no ano de 2020 foi de -5,17%.
O setor mais crítico da economia carioca foi o setor de Serviços, com variação relativa de -5,87%, seguido pelo setor de Construção (-5,46%), Comércio (-4,33%) e Indústria (-2,09%). Somente o setor da Agropecuária demonstrou crescimento, com variação relativa de 1,52%.
Já o Estado do Rio de Janeiro apresentou queda de -3,89% na variação relativa do estoque de trabalhadores, considerando todo o ano de 2020. Foi o Estado da Federação com maior redução do estoque de trabalhadores no período, tendo um saldo negativo de 127.155 postos no balanço entre admissões e desligamentos. O DIÁRIO DO RIO publicou uma matéria sobre o drama dos desempregados no estado.
A queda foi mais perceptível no setor da Construção (-5,27%), seguido do setor de serviços (-4,63%), considerando as variações relativas. Ainda que timidamente, o único setor a apresentar crescimento foi o setor da Agropecuária (0,15%), com o saldo de mais 30 postos de trabalho no setor formal.
A queda no setor de Serviços foi puxada pelas empresas de alojamento e alimentação, com variação relativa de -17,38%. O setor de alojamento foi especialmente relevante para essa variação negativa, tendo reduzido o estoque de trabalhadores formais em 28,79%. Já no setor de Construção, a maior afetação foi constatada por empresas do setor de serviços especializados de construção, como é o caso das instalações elétricas e hidráulicas. No setor de Comércio, a redução teve importante participação do setor de comércio de veículos automotores. Esse setor, especificamente, teve redução de 11,34% do estoque de trabalhadores no ano.
Embora os dados do ano apontem a queda do estoque de trabalhadores formais, os dados mensais demonstram que é possível ter alguma esperança na retomada do crescimento econômico da cidade do Rio de Janeiro, apesar da pandemia. Os dados a partir do mês de Outubro apresentam variação relativa positiva na relação entre admissões e desligamentos. No mês de setembro, a variação relativa foi de 0,16%, seguida por 0,39% em outubro, 0,95% em novembro e 0,28% em dezembro.
“Ainda que estejamos em cenário de pandemia e restrições, o setor do mercado formal tem continuamente crescido o estoque de trabalhadores registrados”, frisa o Instituto.
Continue torcendo que a fórmula 1 não venha para o Rio, vamos ver aonde vamos chegar???
Esperar o quê da cidade onde o #FiqueEmCasa é mais forte, já que boa parte dos seus emprego formais são no setor público, que não quer voltar de forma algum para dentro das repartições pública e fazer movimentar a economia?