Rio pode ter delegacia especializada no combate as milícias

Deputados da Alerj, Márcio Canella e Rodrigo Bacellar, protocolaram uma Indicação Legislativa que visa a criação de uma unidade de segurança voltada para a repressão dos grupos armados; documento recomenda um novo concurso para a Polícia Civil

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FOTO: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em 2022, o Instituto Fogo Cruzado revelou que a taxa de homicídios dolosos em áreas dominadas pela Milícia era semelhante aos das facções associadas ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro. De acordo com o estudo, de 2006 a 2021, foram 218,3 e 210,5 mortos a cada 100 mil habitantes, respectivamente.

Os dados são de um levantamento do Instituto em parceria com o Geni (Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos), da UFF (Universidade Federal Fluminense).

Os números mostraram que as milícias são tão letais quanto os traficantes e que afetam a vida da população das comunidades e a segurança do Estado Fluminense. Buscando em frear esse crescimento da milícia armada, o Deputado Estadual Márcio Canella (UNIÃO) protocolou, na última terça-feira, (21/03), junto com o Presidente da Alerj, o Deputado Rodrigo Bacellar (PL), uma Indicação Legislativa para criação da Delegacia Especializada de Repressão às Milícias Privadas no Estado do Rio de Janeiro.

A redação do DIÁRIO DO RIO entrou em contato com o deputado Márcio Canella e, em entrevista, ele afirmou que a criação de uma delegacia especializada vai desafogar as outras unidades de segurança do Rio, que também lidam com esses casos. “Uma delegacia especializada vai diminuir os índices de violência, além de aliviar o trabalho, sobrecarregado, da polícia”, diz Canella.

O deputado Canella ainda informou que, para a criação desta delegacia, há uma indicação de um novo concurso da Polícia Civil. “O concurso levará os agentes para outras delegacias, que precisam de reforços, como, também, para esta que vai combater as milícias. Precisamos de mais policiais trabalhando pela segurança do Rio”.

Márcio Canella ainda concluiu a entrevista, afirmando, que essa delegacia é vital para o crescimento do Rio. “As milícias são um mal para o estado. Elas atrapalham a vida dos moradores, com extorsões e criminalidade, e até espantam empresários que querem investir no Rio de Janeiro. Quando combatemos a milicia, estamos contribuindo com o crescimento do Estado”, disse Márcio ao DIÁRIO DO RIO.

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1 COMENTÁRIO

  1. Não há de se falar em novos concursos até o aproveitamento integral dos candidatos que passaram e foram aprovados em todas as etapas do atual concurso da PCERJ, candidatos esses que foram convocados pelo GOVERNO para realizarem as etapas (TAF, TAP, MÉDICO) para integrarem o cadastro de reserva da instituição.

    Querem criar uma nova especializada sendo que hoje a PCERJ tem pouco mais de 7 mil policiais na ativa, nos quais 25% já estão com requisitos para se aposentar, esse efetivo não dá conta das demandas que o Rio de Janeiro precisa.

    Essa defasagem da polícia civil daria uma pela matéria: Por que a polícia civil está operando com pessoal MUITO abaixo do determinado em lei, com um índice de resolução de crimes e inquéritos baixíssimo, enquanto a PM está formando novos soldados e abrindo novos batalhões?
    Não faz sentido, pois as ocorrências que a PM atende, vão para trâmites na polícia judiciária. Será que é porque um carro da PM na esquina dá uma melhor sensação de que a segurança pública no Rio de Janeiro está sendo resolvida?

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