O Réveillon da cidade do Rio de Janeiro sempre foi marcado pela superlatividade: o maior réveillon do mundo, a festa mais animada do planeta, a maior e mais linda queima de fogos de todos os países, e por aí vai. Se isso é verdadeiro para o lado positivo da festa, também se faz verdadeiro na produção de refugo, ou seja, o réveillon também é a festa em que mais se produz lixo, senão no planeta, certamente no Brasil.
As restrições impostas pela administração Crivella para conter o avanço da pandemia do coronavírus produziram efeitos positivos quanto ao descarte de lixo na cidade nesse fim de ano. De acordo com a Comlurb, entre 31 de dezembro e 1° de janeiro, foram removidas 194 toneladas de resíduos, 39 delas apenas em Copacabana. Esse volume de lixo recolhido representa uma redução de aproximadamente 75% do total – 762 toneladas, em 2020; e 89% em Copacabana – 351 toneladas, em 2020, em relação ao ano passado
.Contando com possíveis transgressões às determinações municipais para a não realização de festas que gerassem aglomerações, a Comlurb montou um esquema de limpeza especial em alguns pontos da cidade. A operação foi planejada para todos os pontos tradicionais do réveillon carioca, do Leme ao Pontal, além do Piscinão de Ramos, começando às 22h do dia 31 e finalizando por volta de 8h desta sexta-feira (1).
O presidente da Comlurb, Flávio Lopes, acompanhou o serviço dos garis na praia, com a certeza de que as pessoas respeitariam a orientação de evitar aglomerações.
Por se tratar de uma operação especial diante de um réveillon esvaziado, a Comlurb acionou um contingente menor de trabalhadores, foram 2.847 garis na operação, que contaram com o apoio 186 veículos. Em 2020, foram 3.420 funcionários distribuídos nos diversos pontos da celebração, com apoio de 177 veículos e mais 35 equipamentos.