O Rio é mestre em guardar tesouros quase secretos, e desta vez a descoberta do DIÁRIO DO RIO vem do tradicional bairro da Tijuca, na Zona Norte da cidade. Localizado aos pés da Floresta da Tijuca, o bairro guarda um segredo que vem se tornando atração não só para os moradores locais, mas também para visitantes de outros bairros, que buscam explorar locais improváveis da cidade e sair do roteiro habitual.
A Praça Hans Klussmann, conhecida popularmente como Praça dos Bichinhos, está localizada na Rua Saboia Lima, no ponto mais nobre do bairro. Embora localizada dentro de um condomínio, a praça é acessível a pedestres. O passeio pela região começa já na entrada da rua, onde se encontram belíssimos casarões das décadas de 30 e 40, tradicionais das famílias tijucanas de classe média alta. Ao subir a rua, os visitantes se deparam com um verdadeiro refúgio na encosta da Floresta da Tijuca.
O espaço é uma homenagem ao comerciante alemão Hans Klussmann, que generosamente doou o terreno à população. O destaque da praça são as esculturas feitas de argamassa e ferro, criando um ambiente bucólico que chama atenção da criançada. As esculturas, iniciadas pelo professor de matemática Paulo de Tarso na década de 1970, foram reconhecidas como patrimônio histórico da cidade do Rio, representando um exemplo de arte naïf.
Revitalizada pela prefeitura do Rio em 2013 e novamente em 2020 por voluntários liderados pela professora de inglês Cássia Dias Stamile, a Praça dos Bichinhos tem acesso ao Rio Trapicheiros, onde muitos moradores costumam tomar banho com água proveniente da floresta. Embora não haja informações oficiais sobre a qualidade da água, muitos frequentadores afirmam que se trata de água limpa, vinda do alto da serra.
Embora seja um espaço público, a área está dentro de um condomínio residencial, portanto, é recomendado aos visitantes respeitarem a tranquilidade do local, evitando festas barulhentas e grandes piqueniques. Além disso, a preservação do meio ambiente é fundamental: todo o lixo deve ser recolhido e descartado de forma adequada, contribuindo para a manutenção da praça, que é feita pelos próprios moradores.
É, vão mesmo lá tomar banho de rio… Não sabem o que lhes esperam… A gente avisa, mas ninguém dá ouvidos, achando que é por implicância ou sei lá o quê.
Sugestão: antes de entrarem no rio, façam uma visitinha ao final da rua Henrique Fleius.
Como assim moça? Moro perto, costumo levar meu filho filho na praça. Explica por favor, fiquei preocupada…
O local é logradouro público localizado no final de uma rua sem saída.
Essa era a minha dúvida…
Pois cresci indo muito lá. É bem verdade que não vou lá há uns 25, 30 anos. Mas naquela época era totalmente aberto e essa informação de que ficava em um condomínio fechado, me pegou de surpresa.