O prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes (DEM) não planeja medidas mais duras, como um lockdown para o combate ao coronavírus. Em vez disso, ele pretende se inspirar no modelo adotado em Salvador, na Bahia, dividir o Rio em ‘zonas de risco’ e criar regras específicas para cada uma dessas zonas (alto, médio ou baixo risco). A operação aconteceria em conjunto com testagem da população, rastreio das pessoas que tiveram contato com os infectados e fiscalização dirigida para os pontos críticos do município, onde se concentrariam as restrições sanitárias.
Nesta quarta-feira (16/12), os futuros secretários de Saúde, Daniel Soranz; de Assistência Social, Laura Carneiro; e de Ordem Pública, Brenno Carnevale, embarcam para Bahia para conhecer de perto o funcionamento desse modelo e replicá-lo no Rio logo nos primeiros dias de janeiro, quando Paes toma posse.
Paes vai beber na fonte de Salvador, que tem como prefeito ACM Neto. Lá, os fiscais têm se dedicado a atuar nos bairros boêmios ou socialmente vulneráveis, onde os estabelecimentos comerciais foram obrigados a fechar às 17h. Pela incidência do coronavírus, na cidade do Rio entrariam na lista da estratégia de ataque direcionado, Barra da Tijuca, Tijuca e Copacabana, que estão entre os dez bairros com mais casos confirmados de Covid-19 desde o início da pandemia, de acordo com o Painel da Prefeitura.
O futuro secretário de saúde, Daniel Soranz, em entrevista ao DIÁRIO DO RIO, falou sobre o combate ao coronavírus.