O Governo do Rio de Janeiro inaugurou, nesta sexta-feira feira (14/07), o Centro de inteligência em Saúde (CIS), no Rio Comprdido na Zona Norte da capital fluminense. O espaço reúne, num mesmo ambiente, o monitoramento das vagas ofertadas de regulação de exames, consultas e internações; a vigilância epidemiológica de doenças; o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU-RJ) e até acompanhamento de fake news sobre temas de saúde.
O objetivo é agilizar e dar mais qualidade ao atendimento dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado. O projeto do Cis foi desenvolvido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), com apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
Monitoramento em tempo real de doenças, dos usuários e notícias falsas
Instalado na sede da SES-RJ, o Centro de Inteligência ocupa um espaço de 1.300 metros quadrados e reúne o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), a Central Estadual de Regulação (CER), o Centro de Informações Estratégicas para a Gestão do SUS e o transporte inter-hospitalar do SAMU, órgão responsável pelo atendimento móvel de emergência em todo o território fluminense.
Por meio do CIEVS, o CIS possibilita o acompanhamento, em tempo real, da situação de diversas de doenças, como as chamadas arboviroses (dengue, zika e chikungunya, febre amarela), tuberculose, febre maculosa e gripe aviária, dentre outras. Já o CER, órgão responsável pela regulação de consultas, exames e cirurgias, integra o Centro de Inteligência com equipes de profissionais (navegadores) que serão responsáveis por acompanhar desde o momento da inscrição do paciente no sistema, passando pela realização de procedimentos, até a alta, em um monitoramento total do usuário do SUS no estado.
Além disso, em uma iniciativa inédita na rede pública de saúde no Brasil, o centro também conta com o Painel de Rumores, que identifica e monitora todo tipo de notícias falsas (fake news) relacionada ao tema no Brasil e no exterior. Os dados do CIS têm como base as informações produzidas pelas prefeituras e pelo Ministério da Saúde e estarão disponíveis para acesso da população, através do site da SES-RJ.
- “Hoje estamos vendo aqui a realização de um sonho da minha gestão. A partir deste Centro de Inteligência, a Secretaria de Saúde tem condição de saber, por um dado científico, onde tem leito disponível ou como está o andamento das filas de espera por vagas. As informações estão em um painel de monitoramento diário, com um trabalho de fiscalização e transparência para preenchimento dos leitos. Com os dados deste centro, teremos a ideia real do que vamos construir, do que nossa demanda precisa no momento”, afirmou o governador Cláudio Castro.
O governador destacou ainda que o CIS faz parte de uma política de transformação digital do Governo do Estado. Ao mesmo tempo em que são feitos investimentos na ampliação da oferta de vagas na rede de saúde, como o Rio Imagem Baixada, o Instituto Estadual do Cérebro, e, futuramente, unidades de hospitais do câncer em Nova Friburgo e em Nova Iguaçu.
O secretário de Saúde, Dr. Luizinho, explicou que o CIS representa um avanço para a regulação do estado, transformando as estratégias em saúde para a população e permitindo tomadas de decisão com mais velocidade.
- “O Centro de Inteligência é a chave de inovação em ciência de um estado digital, de apresentação de dados para não apenas monitorar, mas, principalmente, reduzir o tempo de resposta aos usuários da saúde pública, otimizando leitos, cirurgias e apoiando as prefeituras. O monitoramento e a identificação de emergências em saúde estão entre os pontos mais latentes na saúde pública. Dar transparência a essas informações para a população é um compromisso nosso enquanto gestores da saúde no estado” – disse Dr. Luizinho.
O diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa da Silva Jr., ressaltou que o CIS irá permitir que as autoridades estaduais saibam corretamente onde investir os recursos da saúde.
- “A epidemia produziu um impacto negativo muito além dos casos de Covid-19. Em todos os países do mundo percebemos que é o momento de superar esse impacto negativo e nada melhor do que, em um sistema complexo como é a saúde, ter informação correta para que o secretário possa tomar decisão, mobilizar as prefeituras, os secretários municipais de saúde e, com isso, atuar conjuntamente”, disse Jarbas.