RJ registrou mais de 400 casos de queimadas nas florestas fluminenses no primeiro semestre

Considerando todos os combates a incêndios em vegetação, como em terrenos baldios, por exemplo, as ocorrências já passam de 8 mil neste ano em todas regiões do estado

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Foto: Divulgaçao

O Comitê Guandu-RJ vem intensificando o trabalho de prevenção contra os incêndios florestais . Com a sua Campanha Fiscal das Queimadas em andamento nas redes sociais, o Colegiado segue com alertas, principalmente diante de dados preocupantes. Segundo números da plataforma do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os focos de incêndio na Mata Atlântica do Rio aumentam 440% neste ano, quando comparados o primeiro semestre de 2024 com o de 2023. Até julho deste ano, os casos de queimadas nas florestas fluminenses já chegaram a 434, um quantitativo que ultrapassa o somatório dos 12 meses do ano passado com 414 casos.

Se levados em consideração os números do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, os dados se tornam ainda mais alarmantes, já que são considerados todos os combates a incêndios em vegetação, como em terrenos baldios, por exemplo. As ocorrências do tipo atendidas pelo Corpo de Bombeiros já passam de 8 mil neste ano em todas regiões do estado, o que representa quase três vezes mais do que os casos registrados em 2023 entre janeiro e junho, que ficaram em menos de 3 mil.

Todos os anos, a Campanha Fiscal das Queimadas é lançada no período mais seco, quando o risco aumenta, não só pelo inverno, mas pelas festas juninas e julinas. A ação de conscientização se estende até setembro e conta com reforço de parceiros como a Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A (Nuclep), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e prefeituras da RH II.

Nos vídeos já publicados pelo Comitê Guandu-RJ, parceiros que trabalham em prol do meio ambiente na Região Hidrográfica II trazem informações e alertas para acabar com as queimadas. Além disso, o Colegiado tem feitos vídeos educativos, que trazem informações claras e simples de como toda a população pode contribuir para evitar o início de incêndios. Não dispensar guimbas de cigarro irregularmente, não colocar fogo em lixos, terrenos e pastos, além de não soltar balões são algumas das medidas.

Na Mata Atlântica, mais de 90% dos incêndios em áreas naturais são causados pela ação humana, com ou sem intenção. Nos períodos secos, quando não há raios, não há causas naturais. A prevenção de incêndios sempre foi fundamental, mas este ano se tornou crítica, pois o clima, segundo especialista, está favorável ao fogo.

A campanha é só uma das várias ações realizadas pelo Colegiado na preservação da Mata Atlântica, que cobre 17% da área do estado do Rio de Janeiro, e é tão importante que pode ter impacto até sobre o abastecimento de água.

Uma das ações é o programa Produtores de Água e Floresta (PAF), que também faz um trabalho com os produtores rurais sobre os riscos das queimadas.

Outros vídeos de orientação e alerta estão sendo preparados para novas publicações até setembro e as ações de combate às queimadas também estarão em destaque em um seminário de forma online, previsto para agosto, dentro das ações do Plano Associativo de Combate, Prevenção e Mitigação de Incêndios Florestais, do Comitê Guandu.

Para denunciar as queimadas, ligue para o 193 ou no Linha Verde, um programa do Disque Denúncia: os telefones são 0300 253 1177 (para o interior, a custo de ligação local), 2253 1177 (para a capital), ou por meio do aplicativo para celulares “Disque Denúncia RJ”.

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