O desperdício de água potável tem ocorrido de forma exacerbada no Brasil, afetando, em muitos casos, a disponibilidade do recurso para a população. Enquanto milhões de habitantes vivem sem o recurso hídrico, o uso sem proveito contribui para que ela não chegue às residências. As perdas de água podem acontecer por diversas diversas causas, como vazamentos, erros de medição e consumos não autorizados.
De acordo com um estudo do Instituto Trata Brasil, entre os 100 municípios mais populosos analisados, três cidades do Rio de Janeiro apresentam altos índices de perda de água: Rio de Janeiro com 60,66%, São João de Meriti com 66,12% e Belford Roxo com 66,40%.
No Brasil, a definição de nível aceitável de perdas de água foi definida pela Portaria 490/2021, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), que indica que para um município contar com níveis excelentes de perdas, deve ter no máximo 25% em perdas na distribuição e 216 L/ligação/dia em perdas por ligação. São esses, portanto, os parâmetros de qualidade a serem perseguidos pelos municípios e pelos seus prestadores de serviços de saneamento básico.
Os três municípios do Rio de Janeiro perdem mais da metade da água potável nos sistemas de distribuição antes de chegar às residências. A eficiência e a redução das perdas de água são essenciais para garantir que mais pessoas tenham acesso a esse recurso vital. Para isso, será necessário o empenho e investimento na infraestrutura de saneamento a fim de oferecer o básico à população.