Roberto Anderson: Estrela Dalva de Paracuru

Paracuru, no litoral do Ceará, é uma cidade de ventos fortes, que atraem para a cidade levas de praticantes de kitesurf e windsurfe, brasileiros e de outros países. Mas há lá algo, talvez mais valioso: a Escola de Dança de Paracuru

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Foto: Roberto Anderson

Paracuru, no litoral do Ceará, é uma cidade de ventos fortes, que atraem para a cidade levas de praticantes de kitesurf e windsurfe, brasileiros e de outros países. Mas há lá algo, talvez mais valioso: a Escola de Dança de Paracuru. Ela é a grande e generosa realização do bailarino e professor Flavio Sampaio que, ao voltar para sua terra, decidiu criar uma oportunidade para as crianças e os jovens da cidade. Desde 2003, a escola vem contribuindo para o desenvolvimento artístico desses jovens, formando bailarinos, que já atuam em diversas companhias profissionais.

Foi o interesse em ver esse projeto que me levou a Paracuru. Lá, conheci um grande personagem da cidade, um motorista viajado, que já rodou o Brasil e esteve em terras peruanas. Me disse que naquele país faz um friozinho que ele até apreciava, mas que com a idade já não gosta mais não.

Numa prosa rica de entonações que cativam a atenção do ouvinte e que, por via das dúvidas, se vale de pequenos toques no braço do seu interlocutor, me explicou como a Estrela Dalva marca as estações do ano. Repare moço que hoje à noite ela vai nascer ali naquele canto, atrás da mangueira. Ela vai demorar uns meses pra chegar até lá em cima da lagoa. Quando isso acontecer, é o inverno, depois do dia de São José. E deve chover. Mas tem vezes que a estrela desce muito rápido daquele lugar. Aí lascou-se, é frio demais na Europa e o Japão se acabando em chuvas.

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E mais me contou sobre La Niña e El Niño, mas aí já era outra história.

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Roberto Anderson é professor da PUC-Rio, tendo também ministrado aulas na UFRJ e na Universidade Santa Úrsula. Formou-se em arquitetura e urbanismo pela UFRJ, onde também se doutorou em urbanismo. Trabalhou no setor público boa parte de sua carreira. Atuou na Fundrem, na Secretaria de Estado de Planejamento, na Subprefeitura do Centro, no PDBG, e no Instituto Estadual do Patrimônio Cultural - Inepac, onde chegou à sua direção-geral.
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