Em março, ao se iniciar a quarentena, acreditávamos que seria por uns quinze, vinte dias. O tempo foi passando e fomos percebendo que era coisa de meses. Outros países fizeram quarentenas duras e curtas. Aqui fomos bombardeados pelo presidente e pela carência dos que só contavam com sua força de trabalho, sendo obrigados a saírem para as ruas.
O resultado é que nem a taxa de contágio, nem a mortalidade pela Covid-19 no Brasil baixaram. Vivenciamos uma situação de grande risco, presos em casa, distante de nossos familiares e amigos. O problema é que não é muito fácil que uma situação assim perdure. Nove meses após estamos numa situação pior do que dois meses atrás, com mais contágios, mais mortes, mais gente nas ruas, e uma imensa incógnita sobre a chegada de vacinas.
Lá no início desse processo os urbanistas pensaram soluções para os espaços públicos, aumentando a oferta de áreas de circulação de pedestres e abrindo mais áreas de lazer. Barcelona fez intervenções exemplares, recorrendo a intervenções do urbanismo tático. Ruas foram rapidamente pedestrianizadas e ciclovias foram criadas. O lazer em parques e praças, com distanciamento social, foi considerado uma atividade segura.
No Rio de Janeiro, contrariamente ao indicado, o grande parque público do Centro, o Campo de Santana foi fechado no início da pandemia e assim permaneceu até o fim da administração Crivella. Agora, vem sendo preparado para receber de forma segura a todos que queiram reencontrar seus canteiros, lagos, figueiras, patos, cotias, cisnes e pavões.
Um lindo mutirão de seus funcionários, com a valiosa contribuição da Comlurb e da Rio Luz, vem replantando canteiros, podando árvores e gramados, e reacendendo luminárias. A Guarda Municipal voltou a circular pelo parque, garantindo a segurança dos usuários.
O Campo de Santana está ficando lindo novamente. Não relaxe nos cuidados contra a pandemia, mas venha relaxar o espírito no Campo de Santana.
Tem que tirar os gatos de lá.
Colocar armadilhas para gatos e levá-los para o canil.
Uma ideia – no mínimo – equivocada.
Moradores de rua, drogados e desocupados de todo tipo entrarão no Campo para copular, defecar, assaltar, sujar e maltratar os animais. Parabéns aos envolvidos!