A Rock World, empresa responsável pela organização do Rock in Rio, está expandindo suas iniciativas na cidade do Rio de Janeiro. Agora, o foco está no desenvolvimento de um novo autódromo na região de Guaratiba, marcando o retorno do espaço para o automobilismo na cidade após 12 anos. O projeto não contará com recursos públicos e será financiado por meio de uma Operação Urbana Consorciada. A informação é do jornalista Bruno Chateubriand.
Para que o autódromo se tornasse viável, foi necessária a aprovação da Lei Complementar 162/2024, que passou em julho deste ano. O projeto inclui uma série de intervenções urbanas, como a criação de novas estações de BRT e a promoção de atividades culturais e shows no local, além das corridas. Também foi incluída uma emenda que destina parte da área para a construção de uma escola e de espaços públicos de esporte e lazer.
Carlo Caiado, presidente da Câmara dos Vereadores, destacou a importância do projeto para a cidade. “É preciso comemorar. Este projeto vai muito além do esporte, vai movimentar a economia, trazer mais empregos, renda e também criar uma área de proteção ambiental em Guaratiba,” afirmou. “A Câmara teve um papel crucial, ouvimos todos os setores e mostramos que o projeto beneficiará a todos. Além do automobilismo, teremos um parque e uma área de proteção ambiental para preservar as espécies locais. Ganha o automobilismo, ganham os cariocas e ganha o Rio de Janeiro.”
Impactos e Benefícios
O novo autódromo não só será um centro para competições de automobilismo, mas também promoverá uma série de eventos culturais quando não houver corridas. A proposta inclui a criação de infraestruturas como novas estações de BRT, facilitando o acesso ao local, e o incentivo ao desenvolvimento de atividades artísticas, proporcionando mais opções de entretenimento para a população.
Outro ponto relevante é a criação de uma área de proteção ambiental, que garantirá a preservação das espécies nativas de Guaratiba, transformando o espaço em um parque de uso público. A expectativa é que o projeto traga diversos benefícios econômicos para a cidade, gerando empregos e movimentando o setor de entretenimento e turismo.
Além disso, as contrapartidas sociais são vistas como um ponto positivo, com a destinação de áreas para a construção de uma escola e espaços de lazer, reforçando o compromisso do projeto com a comunidade local.
moro em Pedra de Guaratiba há 37 anos e pela 1a vez presenciamos tal “ilha do calor” com 61°C (!!!). Uma obra desta magnitude traz barulho infernal, poeira, poluição visual e não gera empregos para a população local. Grandes áreas serão impermeabilizada e as águas pluviais causarao enchentes no Piraque (lembram das inundações no Jardim Maravilha?)
Um investimento desnecessário. Para que um autódromo no meio de uma área de preservação ambiental? Para acabar com o pouco de mata atlântica que existe na cidade. Sou amante de automobilismo, mas esse projeto é errado em vários níveis. Mera especulação imobiliária. A região tem infraestrutura ridícula, imagina com um autódromo do lado. Coitado dos moradores. Queria realmente ver a prefeitura e o estado investirem no metrô, pois não apenas esse modal como todos estão defasados e a cidade tá com trânsito pior que são Paulo
O autódromo será ótimo para a região. Além dos eventos automobilísticos, teremos eventos culturais e artísticos, além de um parque público e área de preservação ambiental. As pessoas que são contra não querem ver o desenvolvimento do bairro.
Automobilismo não é esporte, é competição. Shows e eventos artísticos devem ser realizados no Parque Olímpico sub-utilizado. A prefeitura não pode ceder o terreno pra iniciativa privada sem o respectivo retorno para a população.
Ontem, publiquei um comentário sobre o assunto que não foi publicado. Será que a minha opinião negativa sobre a construção desse autódromo ofendeu a empresa que pretende construí-lo? No meu comentário disse o seguinte: para que um autódromo desse porte? Será que acham que São Paulo pretende abrir mão do GP Brasil de Fórmula 1? Até onde eu sei, SP não tem essa intenção. Com mais de 30 anos sediando esse GP Brasil, SP já firmou tradição e formou um público que aprecia automobilismo. Não temos isso aqui. Além disso, não há pilotos brasileiros na Fórmula 1, o que dificulta mais o interesse do carioca em um GP Brasil em nossa terra. O Rio, depois que perdeu o GP Brasil de F1, sediou a Fórmula Indy e a Motovelocidade, todos sem sucesso, tanto que nenhum deles se fixou por aqui. Também não vejo como um autódromo propiciará a criação de uma área de proteção ambiental. Meio ambiente não combina com a emissão de gases poluentes provenientes dos motores dos carros. Por fim, até onde eu tenho conhecimento, o terreno na região de Guaratiba é de argila mole, o que pode dificultar a construção de uma estrutura com esse porte na região. É bom que um grupo de engenheiros e geólogos de qualidade seja consultado sobre o assunto. Talvez seja mais interessante pensar em outro projeto.
Gostaria de saber o que se pretende com um autódromo com tão grande capacidade no Rio de Janeiro? Será que se espera tirar de São Paulo o GP Brasil de Fórmula 1? Não me parece que São Paulo tenha perdido o interesse em sediar a F1. Mas, se perdeu, é porque a F1 talvez já não atraia tanto público como já atraiu. Pode ser que por não haver piloto brasileiro disputando a F1. Mas São Paulo, por já sediar o GP Brasil de F1 há mais de 30 anos, formou um público apreciador do automobilismo, o que não ocorreu no Rio de Janeiro. Agora, sem pilotos brasileiros na F1, é mais difícil atrair gente do Brasil. No passado, depois que o GP Brasil de F1 passou definitivamente para São Paulo, o Rio de Janeiro tentou sediar Fórmula Indy e Motovelocidade. Nenhum deles vingou. Não haveria um projeto mais interessante do que esse autódromo em Guaratiba?