Parece que a briga dos conservadores com o antropólogo Paulo Freire tem tomado proporções esquisitas. Desta vez o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL) apresentou na ALERJ o P-LEI 1797/2019, para alterar o nome da Escola Estadual Paulo Freire para Escola Estadual Alda Rafael Castilho.
Em sua justificativa, Amorim fala sobre as qualidades de Alda, policial militar, assassinada aos 27 anos, em 2/2/2014, durante um ataque de bandidos à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Parque Proletário, no Complexo do Alemão. Que era a primeira filha de um lar humilde da Baixada Fluminense. Estava cursando o ensino superior em psicologia e tinha uma carreira promissora pela frente.
De acordo com a Justificativa, “seus algozes celebraram via rede social (Facebook), a morte de uma mulher negra. À época, não houve qualquer manifestação da esquerda ou dos ditos “Direitos Humanos” em favor desta grande mulher, que faleceu em cumprimento do seu dever. Nenhum jornal de esquerda se horrorizou com a sua morte. Tampouco, nenhuma publicação de esquerda percebeu que Alda morreu justamente por preferir o caminho da lei e da ordem, e não o da violência. Por ser honesta, a figura de Alda se torna inimiga do discurso social esquerdista, focado em alardear o “racismo” e propor o “feminismo” como solução para tudo! “
E termina dizendo que “ É urgente a necessidade de homenagearmos os verdadeiros heróis do nosso Estado! Alda é um verdadeiro exemplo: jovem, negra, humilde. Logrou êxito em um concurso público disputado. Tornou-se policial militar para defender toda sociedade. São exemplos deste tipo que devemos exaltar aos jovens brasileiros!“
Ao DIÁRIO DO RIO disse que o motivo de retirar o nome de Paulo Freire, no lugar de nomear uma nova escola, é “Quero exatamente confrontar o pensamento único de que Paulo Freire é o norte da nossa educação. E para confrontar isso contra o PSOL, quero homenagear uma mulher, negra, pobre e…policial. Dessas que o PSOL se recusa a apoiar“
Rodrigo Amorim é pré-candidato a prefeito e foi entrevisto pelo DIÁRIO DO RIO no programa Mesa Viva