Rodrigo Amorim: Santa Teresa e a Ordem

Rodrigo Amorim responde ao artigo de Chico Alencar sobre Santa Teresa e diz que ódio do PSOL à PM tem que acabar

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Todos os dias tenho o prazer de acessar o DIÁRIO DO RIO, a meu ver o jornal que cobre a nossa cidade com maior amplitude e, ao mesmo tempo, profundidade, e com o devido pluralismo de pensamentos. No DDR o esquerdista e o conservador têm o mesmo espaço, o mesmo acesso, tornando o jornal uma plataforma singular de discussão da nossa cidade. É com esse espírito de debate que me deparei na quinta-feira (28/01) com um artigo do nobre vereador Chico Alencar, do PSOL, reclamando das condições nas quais se encontra o bairro de Santa Teresa – que há até alguns anos era o bairro onde ele próprio morava. Reclama o sr. Alencar que o bondinho está parado, que as ruas estão com problemas no calçamento, que o estado das praças é ruim e que há veículos abandonados.

Em primeiro lugar, devo anunciar a minha satisfação com o reconhecimento, ainda que sub-reptício, do nosso trabalho em Santa Teresa, pois em quase duas laudas de texto o vereador não mencionou nem uma vez a questão da Segurança Pública. É bem verdade que, ao mesmo tempo, pode não ser uma prioridade pessoal dele – mas é mister esclarecer que no ano passado essas eram as maiores demandas do bairro e, se o vereador não recebeu nenhuma reclamação de morador sobre esse assunto, significa que o Programa Bairro Seguro, da Secretaria de Polícia Militar, já está trazendo bons resultados. O vereador deveria ser um pouco mais gentil e cumprimentar o coronel Henrique, secretário de Polícia Militar, e o governador Cláudio Castro, pela implementação do programa. Não precisa nem chegar ao extremo de me cumprimentar por ter feito a indicação legislativa – sei que para alguém do PSOL não é suportável ter muita cortesia, ainda mais para com aquele que não deixa seus partidários explorarem a morte de mulheres indefesas para ganhos eleitorais.

Eu fico pensando no quanto seria mais fácil para Santa Teresa, no entanto, se a “democracia fortalecida” de que fala o vereador no fim do artigo incluísse também a tolerância e o respeito a quem pensa diferente – nesse caso, quando estive em Santa Teresa para a inauguração do Bairro Seguro, eu não seria recebido com pedras, ataques verbais e xingamentos. Se os correligionários do vereador entendem que é assim que se “fortalece a democracia”, creio que há muito a ser discutido ainda. Mas por sorte, nem mesmo tal recepção hostil me impediu de prosseguir na cerimônia e participar da implantação, ao lado do governador Cláudio Castro. E sim: com mais segurança o trabalhador da Comlurb pode ir a mais lugares, o funcionário da Light pode fazer consertos, o operador da Cedae pode verificar onde precisa de saneamento básico, o gerente da Secretaria de Ordem Pública pode ir verificar onde tem carros abandonados e fazer o recolhimento. Até mesmo a secretaria de Conservação, sabendo que há mais segurança, pode fazer os devidos reparos na via de paralelepípedos que tão bem caracteriza o bairro de Santa Teresa – aliás, é curioso como o vereador admite que esse tipo de rua de paralelepípedo “propicia o surgimento frequente de buracos nas vias do bairro” e um parágrafo depois joga a culpa na “baixa qualidade do serviço feito”. Ora, como ele sabe o motivo correto? Se alguma característica “propicia buracos frequentes”, por que devemos considerar o “serviço feito de baixa qualidade” sem ter uma análise prévia?

Por fim, se tem um partido que não deveria jamais pedir “ordem” nas ruas, este é o PSOL. É o partido da “dose segura de crack”, é o partido que se opõe a toda e qualquer política de segurança que proponha o fim da impunidade de traficantes, é o partido que prefere os ambulantes desordenados, a favela sem controle em nome da “cultura”, o funk proibido, a apologia às drogas.
É esse o partido que pede “ordem”? O mesmo partido que se manifestou contra o Bairro Seguro em Santa Teresa, o mesmo partido que prega o FIM da PM?

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Aprendam de uma vez: não acabou, tem que acabar, o ódio do PSOL à Polícia Militar. Aí sim, acredito em paz, ordem e progresso – mas nunca o progresso dos “progressistas”.

Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Direita x Esquerda focando em termos de costumes é mais fácil pro povão assimilar e nesse campo a direita nada de braçada.

    Há um universo de esquerdas e direita. Cada um com as suas características, mas o que distingue direita e esquerda é o trato com a economia.

    Enquanto a direita vai em direção a relações econômicas individuais a esquerda presa pelo coletivo e social.

  2. Não faz sentido colocar “esquerdistas e conservadores” como opostos. Da mesma forma que alguém de direita pode ser progressista, alguém de esquerda pode ser conservador. Não é o mais comum, mas é totalmente possível. O antagonismo é ou entre progressismo e conservadorismo, ou entre esquerda e direita.

  3. PT e PSOL querem o caos, são responsáveis direto pelo atraso do Brasil, defendem bandidos por que são os eleitores que elejem seus deputados e vereadores, o Rio está essa desgraça por causa deles, quanto mais miséria e desgraça melhor, se o povo melhorar de vida e estudar como eles vão se eleger perpetuamente? Esses vermes defendem criminosos na maior cara de pau, mas pedem seguranças armados pagos pelo contribuinte com medo de supostas ameaças, cara de pau infinita, hoje em dia os marginais tem mais direitos que o cidadão de bem, impressionante.

  4. Rodrigo Amorim lacrou!

    Fulanizar pra ganhar “biscoito” dos apoiadores e dos seus iguais já resolveu quantos problemas da Cidade?

    Fala de segurança pública mas não apresenta dados. Chico Alencar apenas constatou o que está aos olhos de todos e é fácil de resolver como a zeladoria de uma bairro da área central da cidade.

    Os problemas endêmicos da polícia militar ou de segurança pública são necessários muito mais esforços e precisa de muito mais tempo do que um vereador pode conseguir.

    Se vai lacrar, Paulo Amorim, lacre com realizações e dados ao invés de fulanização.

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