A Justiça do Rio de Janeiro determinou que Rodrigo Neves (PDT) vire réu por corrupção em contratos assinados na época em que ele era prefeito de Niterói, na Região Metropolitana. O Ministério Público Federal (MPF) afirma que Rodrigo direcionou licitações e fraudou editais com a ajuda de conselheiros do Tribunal de Contas do estado (TCE).
De acordo com o Ministério, Neves se aproveitou da máquina pública para beneficiar as empresas Constran e Carioca, direcionando para elas o contrato com o município para implantação do BRT Transoceânica, em Niterói. Os procuradores afirmam que a Constran teve acesso privilegiado aos detalhes do projeto para a formação do orçamento da obra e influenciou na elaboração do edital pra afastar eventuais concorrentes.
Ainda segundo a denúncia, Rodrigo Neves se valeu da relação mantida com conselheiros do TCE pra conseguir a aprovação do edital da Transoceânica no tribunal.
A defesa de Neves afirma, ao G1, que seu cliente não teve nenhum envolvimento com irregularidades na época em que era prefeito, entre 2013 e 2020. A assessoria de Rodrigo declarou que não foram notificados e não tem conhecimento da decisão. Os advogados disseram, ao G1, que, quando forem notificados, mostrarão que não existem indícios e provas para a denúncia, que chamou de “absurda e inverídica”.
A decisão é da juíza Daniela Barbosa Assumpção, da 1ª Vara Criminal de Niterói.
Outros réus
Rodrigo Neves, que foi candidato ao Governo do Rio de Janeiro, e outras oito pessoas são réus na Justiça. Entre elas está Renato Pereira, que foi coordenador de campanha de Marcelo Freixo. Uma outra investigação revelou contratos da empresa de publicidade Prole, no esquema de corrupção, que tinha como sócio, na época, Renato Pereira.
O ex-presidente do Tribunal de Contas do estado (TCE-RJ), Jonas Lopes, também é réu no processo. Todos irão responder por crimes como corrupção, fraude em licitações, e pagamentos indevidos aos conselheiros do TCE-RJ.
1%
Os procuradores apontaram que Rodrigo Neves pagava, aos conselheiros que faziam parte do esquema, propina de 1% do valor de contratos firmados pela Prefeitura de Niterói e que, em troca, eles asseguravam os interesses do então prefeito da cidade no tribunal. O prejuízo aos cofres da Prefeitura de Niterói com os dois contratos pode ter chegado a R$ 60 milhões.
A juíza Daniela Barbosa disse, em sua decisão, que a materialidade dos crimes está comprovada, com grande quantidade de provas contra os réus. Os acusados têm dez dias pra apresentar defesa por escrito.
sejamos sinceros: essa justiça está cada vez mais rápida. kkkkkkkkkkk
Que a justiça dos homens e divina se faça finalmente! ?