Medidas populistas são, por essência, inimigas do Liberalismo econômico e da ordem. Num passado quase longe, ao longo de anos o Rio de Janeiro teve líderes populistas que pregavam o “laissez-faire” nas ruas e o “laissez-passer” nas favelas – ou seja, camelôs eram deixados livres e traficantes podiam atuar à vontade, já que a orientação era a polícia não subir. O resultado? Caos e entropia.
Não podemos mais abrir mão da ordem. A justificativa clássica do desemprego é algo que costuma funcionar para o coração – mas não para a Razão. Sim, temos graves problemas sociais que impulsionam o surgimento de camelôs e fazem a população de rua se alastrar. Soluções? Precisamos pesquisas. Mas já sabemos que uma delas não funciona: a “humanitária”, aquela que permite que todos ocupem as ruas de qualquer maneira mas gera também um ciclo vicioso e viciado!
Como presidente da Comissão de Segurança Pública, já adianto que darei parecer contra qualquer projeto que promova a desordem urbana e a falta de regularização para camelôs. E é extremamente importante que projetos com essa seriedade sejam submetidos, sim, ao crivo do Legislativo. Para que não corram risco de voltar!
Assinei recentemente um projeto com esse tipo de abordagem. Vai contra o que defendo? Sim. Mas não posso deixar de assinar algo que precisa, definitivamente, ser discutido e derrubado!
Assinar projetos de lei para que sejam protocolados e levados a plenário é algo que faz parte do DIA A DIA de parlamentares que atuam com independência; é um gesto que faz parte da convivência e das regras de cordialidade entre vereadores, principalmente os independentes. Os outros sabem que nossa decisão por assinar não vai passar por ser governo ou oposição. E aí nos procuram.
Mas sigo insistindo: o Rio de Janeiro precisa encontrar maneiras de lidar com o Comércio Ambulante e com a População de rua. Maneiras sustentáveis, humanas, racionais mas sem vitimismo ou paternalismo. A cidade precisa RENASCER, SE REEDIFICAR, e isso não acontecerá na base do “liberou-geral”.
Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.