A Ronda Maria da Penha (RMP) da Guarda Municipal do Rio de Janeiro (GM-Rio) inaugurou, na última sexta-feira (25/10), uma nova base operacional na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na Rua Biarritz, s/nº, em Bangu.
Com o novo local, o grupamento especial passa a contar com três pontos de atendimento a mulheres que já sofreram violência doméstica. As demais bases ficam em São Cristóvão, na região Central do Rio, onde está o Batalhão da GM-Rio, e em Madureira, na Zona Norte.
A cerimônia contou com a presença do chefe de gabinete da GM-Rio, inspetor regional José Pedro Filho; a comandante da RMP, líder operacional Glória Maria Bastos; representantes de órgãos que compõem a rede de proteção das mulheres, guardas do efetivo da RMP e a Banda Sinfônica da GM-Rio.
O espaço fica em uma construção que abriga também a 5ª Inspetoria da GM-Rio e conta com área para realização de palestras, salas administrativas, alojamentos para o efetivo e a sala lilás, que é usada para o atendimento emergencial de mulheres que passaram por situação de violência.
Assim como as demais bases da RMP, o espaço não acolhe denúncias, tendo em vista que o trabalho da GM-Rio consiste na prevenção de casos de revitimização, na defesa de mulheres que já sofreram algum tipo de violência e que contam com a proteção do Estado.
As mulheres que já são assistidas poderão contar com um local seguro para a realização das visitas, em caso de impossibilidade de acompanhamento em outros lugares.
Além disso, as equipes especializadas da RMP sairão para efetuar o acompanhamento domiciliar junto às vítimas de violência doméstica da Região Oeste, que possuem Medidas Protetivas deferidas pelos II e IV Juizados de Violência Doméstica.
“Neste momento, contamos em torno de 300 mulheres sendo atendidas na região da Zona Oeste. E a ideia é justamente dar mais acesso e estar mais próximos da população de mulheres da área e da rede de atendimento da região, garantindo maior acesso aos serviços e aos dispositivos previstos na Lei Maria da Penha”, destaca líder operacional Glória Maria Bastos, comandante da Ronda Maria da Penha.
No ano de 2024, a Ronda Maria da Penha registrou, até o momento, 39 prisões, sendo a maioria por descumprimento de medida protetiva. Desde o início das atividades da Ronda Maria da Penha, em 2021, foram registradas mais de 100 prisões pelos guardas municipais. A maioria por descumprimento de medida protetiva expedida pela Justiça.
Assim que recebem o acionamento pela Justiça, as equipes da GM-Rio passam a acompanhar as mulheres que já sofreram a violência, realizando visitas periódicas. Os agentes podem ser acionados em situações emergenciais. O objetivo é impedir a revitimização das mulheres acompanhadas.
Em 2024, a Ronda Maria da Penha já atendeu 4.650 assistidas. Foram realizados, de 2021 até setembro, mais de 50 mil ações de acolhimento.