Roubos ao comércio e de carga zeram no Centro do Rio; assaltos a pedestres caem 35%

Índices, apresentados pelo Programa Centro Presente e 5º BPM, mostram uma grande quedas na criminalidade em 2023 na região, que teve queda de 66% no número de mortes violentas. As estatísticas apontam que o maior problema ainda é a reincidência

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Relógio da Central do Brasil - Foto Cleomir Tavares/Diário do Rio

A região Centro teve redução de 100% no número de roubos a estabelecimentos comerciais na circunscrição atendida pelo Programa Centro Presente e também teve zerados os roubos de cargas na área do 5º BPM (Praça da Harmonia) no mês passado. Os índices, levantados tanto pelo batalhão quanto pelo Centro Presente, ainda mostram impressionante queda em 66,6% no número de mortes violentas na área, que inclui pontos como a Central do Brasil e Zona Portuária, além de mais de 35% de redução no roubo a pedestres, em comparação a dezembro de 2022. O roubo de veículos também recuou 65,5% na área do batalhão e a PM comemora um decréscimo de 67% nos furtos de automóveis em toda área sob os cuidados do Centro Presente.

De acordo com o comandante do 5º BPM, coronel Silvio Luiz Pekly, foram feitas 2.884 abordagens durante dezembro, resultando em ainda recuperação de três veículos, 57 presos e apreensão de 155 armas, sendo a maioria facas e demais materiais perfurocortantes. “Com planejamento específico para os locais de incidência desses delitos, equipes orientadas e voltadas para solução dos problemas, além de uma supervisão dirigida para manter o foco na resolução dessas questões, conseguimos até a redução total dos índices como o roubo de carga na nossa área”, explica Pekly.

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Com saídas para outras cidades, Centro conseguiu zerar registros, incluindo o de roubo de cargas, na área do batalhão da Praça da Harmonia: Rafa Pereira/Diário do Rio

Em um estudo feito até novembro pelo comandante Pekly, mostra que o índice de reincidência de todos os tipos de crime entre presos, na área do 5º BPM, atingiu 57% e o coronel aproveitou a reportagem do DIÁRIO DO RIO para tentar engajar a população a registrar qualquer tipo de delito e combater evolução para crimes mais sérios como latrocínio, roubo seguido de morte. Para o comandante, só com o registro de todos os delitos é possível entender a verdadeira mancha criminal na região. Cada delito não detectado acaba impedindo o policiamento de suprir as lacunas necessárias para reduzir a criminalidade, explica.

Alinhado ao batalhão, que é comandando pela Polícia Militar, o Centro Presente fica sob o guarda-chuva da Secretaria Estadual de Governo e tem comando do Major da PM Ribeiro, que ainda atende a outros dois batalhões da área, como o 13º BPM (Praça Tiradentes).Ação preventiva resultou em algumas prisões, assim como a maior ostensividade. Fizemos um estudo e alterações no planejamento em comparação ao ano anterior, e por fim, desde que assumi, venho aumentando a Interação com a comunidade local (sociedade organizada, comerciantes e moradores da região)“, resume Major Ribeiro.

Líder da bancada do PL na Alerj, o deputado estadual Anderson Moraes classifica a atuação da polícia como “enxugar gelo”, caso não aumentem as sanções punitivas. “Se um bandido utiliza uma faca para cometer furtos e por várias vezes ele é detido e liberado em seguida, é lógico que em algum momento aquela faca acabará tirando a vida uma vítima, pois a certeza da impunidade faz com que o criminoso se sinta cada vez mais forte. Temos a melhor polícia do mundo, os dados comprovam isso. Mas, a reincidência nesses delitos é a prova de que os marginais já não temem mais as leis e seus agentes. Ou escolhemos uma dura sanção que gere efeito pedagógico a quem pense em cometer um crime, ou a polícia continuará enxugando gelo e o povo pagando a conta. É necessário abrir mão das amarras ideológicas e políticas em nome do bem-estar da sociedade de bem, deixando claro que uma das funções da aplicação da pena é punir”, mobiliza Moraes.

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VIAAmanda Raiter
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Formada em Comunicação Social desde 2004, com bacharelado em jornalismo, tem extensão de Jornalismo e Políticas Públicas pela UFRJ. É apaixonada por política e economia, coleciona experiências que vão desde jornais populares às editorias de mercado. Além de gastar sola de sapato também com muita carioquice.

4 COMENTÁRIOS

  1. Essa matéria e bem mentirosa pois os roubos continuam ocorrendo no centro . Só que mudam de lugar onde tem policia logico não tem bandido e por ai vai . Jã as cargas e mercadorias os comerciantes passaram a ficar mais atentos aos movimentos estranhos . A policia deveria ficar mais atenta no pariodo noturno pois e nesse horario que as coisas acontecem .

  2. Estão de brincadeira. Se é essa maravilha toda, por que os autenticadores desse relatório passeiam no Centro após as 19h e até umas 5h da manhã? A turma da faca está a solta e não pergunta antes de roubar não, mete a faca e depois toma. Quanto a comercio e cargas, que comércio?

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