A Rua Camerino, uma das principais ligações entre a Região Portuária e o Centro do Rio, atravessa um momento crítico de degradação, refletindo não apenas a falta de investimentos, mas também um histórico que remete a tempos sombrios da cidade. Com 600 metros de extensão, a via é um marco importantíssimo da memória negra carioca, abrigando ícones históricos, entre eles o Cais do Valongo, o Centro Cultural Pequena África, o Jardim Suspenso do Valongo e acessos ao Morro da Conceição, além do Colégio Pedro II. No entanto, a realidade atual é marcada pela presença de usuários de drogas, moradores de rua e um clima de total abandono e insegurança.
Historicamente, a Rua Camerino foi escolhida pelo marquês de Lavradio para centralizar o comércio de escravos, que antes estava disperso pelo Centro da cidade. Desembarcados de navios negreiros em condições desumanas, os escravizados eram levados a depósitos improvisados na Camerino, onde aguardavam compradores. Com a abolição da escravidão, a rua teve seus trapiches reformados e passou a abrigar armazéns de exportação e importação. A transformação do espaço físico não foi acompanhada por uma revitalização social. Nos últimos dez anos, a rua enfrentou um declínio visível, com o fechamento de 80% das lojas e estabelecimentos, deixando um rastro de imóveis abandonados e comércio informal.
Hoje, a rua se vê rodeada por um cenário desolador. A presença de moradores de rua e a concentração de lixo são evidentes, especialmente nas entradas das problemáticas ruas Barão de São Félix e Senador Pompeu, que ligam a Central do Brasil à região. As duas vias são conhecidas não apenas pela venda de drogas, mas também pela presença de prostíbulos e motéis improvisados. A Praça dos Estivadores, em frente ao Jardim do Valongo, se tornou um verdadeiro “The Walking Dead”, afastando visitantes e comprometendo a segurança dos poucos comerciantes que ainda resistem.
A situação é ainda mais complicada pela proximidade com o Morro da Providência e a forte presença do tráfico de drogas na região. Até casas improvisadas ocupam os espaços públicos, bloqueando a passagem dos pedestres e dificultando o acesso para quem precisa transitar por ali. Equipes da prefeitura têm enfrentado situações de risco, com relatos de abordagens por homens armados no local. Um recente relatório da SEOP aponta a presença de olheiros monitorando a movimentação na região, informações que serão encaminhadas à Polícia Civil para investigações mais aprofundadas.
Procurados pelo DIÁRIO DO RIO, a Secretaria de Ordem Pública (SEOP) afirma que realiza ações diárias de ordenamento e acolhimento às pessoas em situação de rua, especialmente nas áreas mais afetadas pela presença de usuários de drogas. As operações incluem o apoio de agentes da Secretaria de Assistência Social e visam garantir a segurança da população. Desde janeiro de 2024, a prefeitura apreendeu 1.365 facas e objetos perfurocortantes, além de materiais utilizados para o consumo de drogas. As operações, segundo a secretaria, que são diurnas e noturnas, visando o ordenamento das vias públicas e a segurança da população.
A melhor solução é formar uma equipe constituída por membros das Secretarias de Estado (PM e Serviço Social), SEOP, Junta Comercial e outras entidades de interesse nessa questão, para propor um fim ou, ao menos, diminuir o caos em que se encontram várias regiões da cidade do Rio de Janeiro, principalmente o Centro.
Miaff
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Bom dia!
Nada disso trará sucesso se todos não cobrarmos ações políticas e humanas aos nossos governantes. Políticas públicas na nossa cidade só é feita com promessas eleitorais, então meu caro eleitor, nada disso terá resultado efetivo sem a união do povo e governantes. Lamentável!
O que faz o 5° BPM? Finge que trabalha? O que faz a Prefeitura com o Choque de Ordem?
Nada.
Brasileiros de bem, vejam estes 3 ingredientes:
Políticos (Qualquer partido);
ONG’s;
Judiciário.
O resultado desta mistura, chama-se CORRUPÇÃO!
É deste mal que sofremos, e por isso, nossa vida, nossa cidade e nosso país está deste jeito.
Quem provocou tudo isso?
Nós mesmos, com nossos votos.
Teremos na próxima semana eleições municipais, reflitam na atual situação.
Que Deus tenha piedade de nós!
Atrás do colégio Pedro II existe venda de drogas conhecida como 3 buracos, são três furos em uma parede de uma casa que ali são passados o dinheiro e papelotes, nós últimos meses os usuários e olheiros começaram a expandir a bagunça para a esquina e até ameaçando os motoristas que passam por ali.
Milícia,tráfico,narcomilicia,armas,drogas,corrupção , assaltos,roubos ,fotos,poder,rachadura,prostituição, formação de quadrilha, exterminados, extorsão, fome,doenças….esqueci alguma coisa????
Mas o Rio de Janeito continua lindo…homens miseráveis que devem pagar muito caro pelas mortes de tanta gente……..
Calma, cidadãos do Rio. Não tem bandido nem marginal nisso. A cidade está segura, tanto é que o prefeito diz que nem precisa se preocupar com isso. “Segurança não é comigo”! Portanto, o estado é responsável e vai resolver. Mas o ordenamento, conservação e assistência social da cidade deveria ser por conta do prefeito, certo. Não tem problema, já que os síndicos de prédio, donos de residências e os lojistas impactados vão fazer esse trabalho. Afinal de conta, o ocupante da rua não pode ser retirado, de acordo com normas da mesma prefeitura “amparada” pela legislação atual, que respeita o acolhimento voluntário. Se quiser sair, ela sai, se for o contrário, tudo bem. E quando a pessoa fica na sua porta dia após dia é por que ele nutriu um amor verdadeiro que faz com que ele fique ali permanentemente. Se você encontrar sua porta “forçada” ou “empenada”, não fique triste. É a vontade de ficar levada ao extremo, a pessoa precisa de um local seguro. Quanto aos olheiros da rua, eles estão ajudando os desvalidos a se manterem no local com suporte “medicinal” para esquecerem dos seus problemas pessoais.
Parabéns aos envolvidos.
Primeiro, morador de rua não quer dizer que seja bandido, segundo, quem tem que resolver o trafico de drogas é a policia militar, terceiro: esta situação é cronica e histórica naquela região, quarto, mais uma enganação da imprensa carioca quando fizeram lavagem cerebral dizendo que as UPPs era a solução da segurança do Rio e estamos pagando por esta fake news da grande midia hoje,por ultimo, esse jornalista se diz do suburbio mas só faz reportagem do Centro e da Zona Sul, manda ele fazer reportagem em Anchieta ou em Inhauma, será que ele sabe onde fica estes bairros?
É importantíssimo informar q o duduzinho assinou um tal acordo ou sei lá o q pra não mexer com esse pessoal no Rio! Um dos candidatos concorrentes trouxe isso à tona. O q é muito grave e bem obscuro!
Além de toda a mazela relatada, as ruas do entorno viraram banheiro a céu aberto… Só quem precisa passar por ali e pela rua Alexandre Mackenzie sabe o mau cheiro que é.
Realmente, um fedor insurportável. Esgoto, defecam nas calçadas, isso trás insetos e doenças pra cidade. No centro econômico, turístico e financeiro do Rio virou uma mistura de banheiro, prostibulo, boca de fumo e contravenção a céu aberto,
TB , eles ali tem tudo que precisam comida na hora certa, remédio, e roupa limpas doada por uma mesma rua acho que a ong tinha que rever essa ajuda.
E droga a vontade.
Prezados, bom dia!
Não é só ali, diversas partes do Rio de Janeiro está abandonada pela Prefeitura e pelo Governo do Estado.
Prefeitura porque há diversas pessoas morando em ruas e se drogando, além de sujar portas de Condomínios, Casas e Empresas. Que pagam seu imposto e não tem ação Social da Secretaria Municipal de Assistência Social. Onde está o trabalho dessa Secretaria. Para se ter ideia, em Ramos a Prefeitura acaba de fazer obras na Rua que paralela a descida da ponte que vai da Av Brasil( altura da Escola Técnica Sandra). A rua está fechada aos carros mas os drogados queimam lixo e cabos, se reúnem em número que está aumentando a cada dia. Cadê a Prefeitura cuidando do Povo que precisa de sua ajuda, e cadê a Prefeitura para deixar as calçadas de moradores e empresas, limpas. O Contribuinte joga dinheiro fora pela falta de zelo desse Prefeito. Quem quiser verificar é só ir até o início da Rua Barreiros, em Ramos, vindo da Av. BRASIL.
Triste situação, mas a responsabilidade e dever de dar segurança ao local é da PM, do governo do Estado.