Uma das ruas mais antigas do Rio é a Rua das Marrecas, perto do Passeio Público, sendo aberta na época da construção do espaço, em 1783. Ficando conhecida pelo poético nome de “Rua das Belas Noites”, devido a quantidade de bordéis que havia por ali (aliás, foi nesta rua que foi usada pela primeira vez a palavra encrenca, mas isso é para outro post).
Em 1785, foi construído um chafariz na esquina das ruas Belas Noites com Barbonos – atual Evaristo da Veiga. Como a água jorrava do bico de cinco marrequinhas de bronze, o chafariz ficou conhecido como Chafariz das Marrecas, e a rua em frente ganhou o mesmo nome. O Chafariz das Marrecas foi criado por Mestre Valentim, também projetista do Passeio Público. A fonte possuía dois tanques, alimentados por bicas simples. Na parte de cima, encontrava-se um terceiro tanque, no qual caía a água que jorrava das marrequinhas.
Faziam parte do conjunto do Chafariz das Marrecas duas estátuas, representando a ninfa Eco e o caçador Narciso. Confeccionadas também por Valentim, as estátuas foram as primeiras obras em metal fundidas no Brasil, pesando cerca de duas toneladas e meia.
Curiosidades:
• Há quem diga que Mestre Valentim se inspirou em um modelo vivo para compor a estátua da ninfa Eco. Já na do caçador Narciso, dizem ter sido inspirada em uma estampa do período Luís XV, com figura se assemelhando a um pajem.
• Para José Mariano Filho, as marrequinhas na verdade eram patos selvagens estilizados, inspirados no “pato de Iberá”, do Mato Grosso.
• As esculturas originais de Eco e Narciso estão guardadas hoje no Memorial Mestre Valentim, no interior do Jardim Botânico.
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