#Ruas do Rio: Quem foi Ataulfo de Paiva?

O DIÁRIO DO RIO inicia uma série com os personagens da nossa história que dão nomes as ruas da Cidade Maravilhosa

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Foto Cleomir Tavares/Diario do Rio

Localizada no bairro do Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, a Avenida Ataulfo de Paiva é a principal via comercial região. Nela é possível encontrar lojas de grife, bares, restaurantes e centros empresariais com escritórios e consultórios médicos de todos os tipos.

Sendo um dos trechos mais extensos da região, a Ataulfo de Paiva corta todo o Leblon, fazendo conexão entre os de Ipanema e Gávea. Ela é uma das ruas mais antigas da Zona Sul, tendo seu nome registrado em 1919. A Avenida sempre levou esse nome, ao contrário de outras importantes ruas do bairro, como a General San Martín (que antes se chamava Rua Dr. Del Vechio) e a Bartolomeu Mitre (que tinha o nome de Rua Conde de Avellar).

Mas afinal, quem foi Ataulfo de Paiva?

O nome da Avenida Ataulfo de Paiva é uma homenagem ao advogado, magistrado e orador Ataulfo Nápoles de Paiva, que faleceu em 8 de maio de 1955. Foi ministro do Supremo Tribunal Federal, presidiu o Conselho Nacional do Trabalho e foi eleito para Cadeira 25, na sucessão de Artur Orlando na Academia Brasileira de Letras.

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Ataulfo de Paiva na Academia Brasileira de Letras

História

Ataulfo Nápoles de Paiva nasceu em São João Marcos no município de Rio Claro (RJ), no dia 1º de fevereiro de 1865, filho do tenente Joaquim Pinto de Paiva e de Feliciana Rosa do Vale Paiva.

Ainda estudante do primário, transferiu-se para o município de Barra Mansa, onde redigiu o jornal “A Aurora Barra-mansense“. Formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1887. Foi juiz municipal em Pindamonhangaba, São Paulo. No Rio de Janeiro, ocupou os cargos de pretor, juiz do Tribunal Civil e Criminal e presidente da Corte de Apelação do então Distrito Federal. Foi ministro do Supremo Tribunal Federal, presidiu o Conselho Nacional do Trabalho e representou o Brasil nos congressos internacionais de Assistência Pública e Privada de Paris e Milão.

Fez campanha pela sistematização das assistências pública e privada e sua aliança, sob a inspeção do Estado, encarregado oficialmente de fazer a história e estatística da assistência no Distrito Federal. Fundou a Liga Brasileira contra a Tuberculose, da qual foi presidente perpétuo, e que mais tarde foi denominada Fundação Ataulfo de Paiva. Criou o Preventório Dona Amélia, em Paquetá, o primeiro do seu tipo no Brasil, e o serviço de vacinação antituberculosa BCG.

Foi, como dissemos acima, presidente do Conselho Nacional de Serviço Social, presidente da Comissão do Livro do Mérito. Na Academia Brasileira de Letras, foi secretário-geral, de 1920 a 1922, e presidente em 1937. Era membro honorário do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Fluminense de Letras.

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