#RuasdoRio: quem foi Bartolomeu Mitre?

Série do DIÁRIO DO RIO passeia por uma das mais importantes vias do Leblon

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Foto Cleomir Tavares/Diario do Rio

A Avenida Bartolomeu Mitre fica localizada Leblon, na Zona Sul do Rio. A Via é uma das mais importantes do bairro, sendo ponto de ligação entre várias áreas da região. A Bartolomeu Mitre tem início nas proximidades da Avenida Delfim Moreira e segue até a altura da Rua Mário Ribeiro.

Muito movimentado, o trecho é repleto de comércio, restaurantes e condomínios residenciais. O tráfego de veículos na via é intenso, sobretudo no fim do dia, onde frequentemente se registram engarrafamentos.

Por se tratar de uma avenida de intenso fluxo de passageiros e veículos, o transporte público é amplo, com várias linhas de ônibus e acesso ao metrô do Rio de Janeiro. A via também garante rápido acesso a vários pontos de interesse do bairro a pé, com poucos metros de caminhada, inclusive à Praia do Leblon, situada a minutos de toda sua extensão.

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Mas afinal, quem foi Bartolomeu Mitre?

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Nascido em 26 de junho de 1821, Bartolomé Mitre Martinez foi um político, escritor, jornalista, historiador e militar. Mitre também foi Presidente da Argentina entre 1862 e 1868.

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Opositor de Juan Manuel de Rosas, o “Restaurador das Leis”, Mitre teve que exilar-se, atuando como soldado e jornalista no Uruguai, Bolívia, Peru e Chile. Seu pai foi um descendente veneziano de origem grega Ventura Demetrio Mitropoulos, que chegou a Buenos Aires no final do século XVII.

Em 1831, mudou-se com a família a Montevidéu, onde, em 1836, ingressou na Escola Militar. Estudou artilharia, chegando ao posto de Alferes em 1839. Nessa época, também iniciou seu gosto pela escrita, produzindo poemas e periódicos. Em 1846, Bartolomeu foi a Bolívia, onde foi contratado para organizar a artilharia do exército local. Ele se envolveu com o círculo de amigos do Presidente, General José Ballivián, chegando a assumir a função de Chefe de Estado Maior do Exército boliviano.

Ainda na Bolívia, foi Diretor do Colégio Militar. Entretanto, em 1847, Ballivián perde o poder, e Mitre é obrigado a deixar o país. Tentou retomar à Bolívia, porém, impedido, foi deportado ao Peru e, em seguida, ao Chile, país no qual atuou no jornalismo como corredator de Juan Bautista Alberdi, diretor do E/ Comercio, em Valparaíso, onde também publicou uma obra intitulada Manuel Bianca Encalada y Thomas Cochrane.

Mais tarde, escreve no El Progreso, diário criado por Domingo Faustino Sarrniento (seu futuro sucessor na presidência), no qual prega a indivisibilidade territorial da soberania dos países das Américas e defende a democracia em um sentido amplo e o direito de livre pensamento para os estrangeiros ( desde que não atentasse contra a soberania dos países que os acolhessem), além de empreender campanhas em defesa do povo chileno.

Após a queda de Juan Manuel de Rosas, antes 17º Governador de Buenos Aires, Mitre regressa à Argentina, liderando o levante da Província de Buenos Aires contra o sistema federal de Justo José de Urquiza. Ocupou diversos cargos de relevância no governo provincial depois que a cidade de Buenos Aires foi separada da Província. Foi, contudo, derrotado por Urquiza na Guerra Civil de 1859. Depois de vencer a Batalha de Pavón (1861), Buenos Aires se reincorporou à Confederação Argentina.

Em 1862, Mitre foi eleito Presidente da Argentina, com o que se conquistou a definitiva unidade do país, iniciando um período de relativo progresso. Durante seu governo, organizou-se a administração da Justiça, que deixou de ser um assunto privado para ser uma atribuição do Estado. Além disso, em 1864, iniciava o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul, a Guerra do Paraguai, travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta por Brasil, Argentina e Uruguai, conflagração à qual se pôs termo apenas em 1870, com a morte do General paraguaio Francisco Solano López, na batalha de Cerro Cora.

Em 1870 comprou o jornal La Nación Argentina, rebatizando-o de La Nación, um dos jornais mais influentes da América Latina até hoje e que continua a ser dirigido por seus descendentes. Em 1872, por sua estima e respeito recíprocos com o Império brasileiro, foi enviado pelo Presidente Sarmiento para acordar em negociações a respeito dos limites territoriais e outras imposições sobre o subjugado Paraguai. Em 1876, escreveu sua primeira obra historiográfica, chamada Historia de Belgrano y de la Independencia Argentina. Em 1878 foi eleito Deputado Nacional.

Em 1883 realizou uma viagem ao Chile para angariar informações para encerrar sua segunda grande obra, biográfica, Historia de San Martín y de la Emancipación Americana, livro ao qual dedicaria o restante daquela década. Também traduziu ao espanhol a obra “Eneida”, de Virgílio. Em 1893, assumiu o cargo de Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica da Argentina. Em 1894, foi novamente eleito Senador pela Argentina. Passou seus últimos anos de vida dedicando-se à direção do editorial de La Nación e a traduzir “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri.

Faleceu em 19 de janeiro de 1906. Foi uma das pessoas mais homenageadas em vida na história da Argentina. Possui um museu com seu nome. Foi casado com Delfina María Luisa de Vedia Pérez, com quem teve seis filhos.

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