Rússia doa minerais raros ao Museu Nacional da UFRJ

A ideia é receber mais material da Rússia para organizar uma futura exposição

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Rio de Janeiro (RJ) Rússia doa pedras raras para o Museu Nacional/UFRJ Foto: Museu Nacional/UFRJ

O Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), recebeu doações russas de dois minerais raros: um exemplar de uvarovita e um de charoita. As doações foram feitas pelo colecionador Sergey Mironov, após conversas mantidas desde o ano passado com o museu pelo cônsul da Federação Russa no Rio de Janeiro, Mikhail Gruzdev. A informação foi dada nesta sexta-feira (10) à Agência Brasil pelo diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner.

Na visita ao museu, Gruzdev levou cópias de documentos históricos sobre correspondências de pesquisadores russos sobre o Brasil, trocadas entre cientistas e o próprio imperador brasileiro, dom Pedro II.

Nesse contexto, Kellner conversou como cônsul sobre a possibilidade de doação de material etnográfico da Rússia, inclusive minerais e materiais de biodiversidade.

Gruzdev indagou, na ocasião, por que não começariam a parceria por minerais raros, que só existem na Federação Russa. O Museu Nacional fez então pedido de alguns minerais diferentes.

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“E eles conseguiram para a gente exemplares de uvarovita e charoita”. A charoita, por exemplo, só é encontrada somente na Sibéria, nas estepes russas.

A uvarovita é uma variedade rara da granada, de cor verde, com cristais muito pequenos para serem facetados em gema, embora, em alguns casos, seja incorporada a joias. A charoita foi descoberta pela Rússia por volta dos anos 40, no rio Chara e inserida no mercado há apenas 50 anos. A pedra chama a atenção por ser roxa e ter, em seu interior, as cores preta, marrom, branca e lilás, um padrão gerado por inclusões de outros minerais.

A ideia é receber mais material da Rússia, que demonstrou sensibilidade com o momento difícil que o Museu Nacional enfrenta. Em setembro de 2018, a instituição teve 85% de seu acervo destruído – documentos, objetos, fósseis, múmias, mobiliário, coleções de arte e estudos científicos.

Futuramente, quando houver maior volume de doações, o Museu Nacional poderá organizar uma exposição sobre ações científicas russas no Novo Mundo no tempo do Império. “Mas, para isso, para ser uma coisa mais substancial, é preciso ter mais material”, disse Kellner.

A aproximação do Museu Nacional com a Rússia soma-se a contatos já estabelecidos com governos e instituições culturais e museológicas de países como Alemanha, Inglaterra, Portugal, França e Áustria.

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