O escritor e jornalista Ruy Castro é o novo entrevistado da série Depoimentos Cariocas, na qual o Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, órgão vinculado à Secretaria de Governo e Integridade da Prefeitura do Rio, vem registrando as memórias e reflexões de personalidades que se dedicaram a produzir conteúdo sobre o município. Na entrevista, que entra no ar nesta terça-feira (19/10), às 17h, no perfil do Arquivo Geral da Cidade no YouTube (www.youtube.com/arquivodacidade). Ruy é entrevistado pelo Coordenador de Promoção Cultural do Arquivo Geral, Pedro Paulo Malta, e também responde a perguntas enviadas por convidados especiais: o comentarista e ex-jogador de futebol Júnior, a cantora e compositora Joyce Moreno e o Secretário Municipal de Governo e Integridade Pública, Marcelo Calero.
Já a saudação de abertura do depoimento coube à presidente do Arquivo Geral, a historiadora Rosa Maria Araujo, que em sua fala inicial define Ruy Castro como “o grande biógrafo do Rio de Janeiro”. Um título que se justifica não só pelo conjunto da obra literária do entrevistado, como também por sua atuação na imprensa, nas décadas de 1960 a 80, quando passou por grandes redações, como as de Jornal o Brasil, Folha de S. Paulo, O Pasquim e as revistas Manchete, IstoÉ, Veja São Paulo, Status e Playboy, entre outros veículos.
Só em 1988 Ruy Castro passou a se dedicar aos livros, estreando como escritor em 1990, com o lançamento de “Chega de saudade: a história e as histórias da bossa nova”, publicado pela Companhia das Letras. Na mesma editora fez em seguida biografias referenciais, como “O anjo pornográfico: a vida de Nelson Rodrigues” (1992), “Estrela solitária: um brasileiro chamado Garrincha” (1995) e “Carmen: a vida de Carmen Miranda, a brasileira mais famosa do século XX” (2005).
Histórias passadas em grande parte no Rio de Janeiro, que atravessa a obra de Ruy Castro como ambiente ou mesmo tema de outros títulos, como os romances “Bilac vê estrelas” (2000) e “Era no tempo do rei” (2007) e reconstituições de épocas, como “A noite do meu bem” (2015) e sua obra mais recente, “Metrópole à beira-mar” (2020), na qual propõe uma visita ao Rio de Janeiro da década de 1920.
Os livros estão entre os assuntos abordados por Ruy Castro nesta entrevista, que passa também pela formação de seu gosto musical, a paixão pelo Clube de Regatas do Flamengo e as memórias do Rio de Janeiro de sua infância, que visitava com os pais vindo de Caratinga, cidade mineira onde nasceu (em 1948) e viveu até a adolescência. Foi por esta época, em meados da década de 1960, que se mudou para o Rio, pouco antes de ingressar no curso de Ciências Sociais da faculdade Nacional de Filosofia e no jornal Correio de Manhã.
Sexto participante dos Depoimentos Cariocas, Ruy Castro se junta a outros nomes que já passaram por esta série de entrevistas mensais, todas acessíveis no perfil do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro no YouTube. São eles o jornalista e escritor Zuenir Ventura (primeiro entrevistado da série, no mês de maio), o antropólogo Roberto DaMatta (junho), o compositor e escritor Nei Lopes (julho), o ex-prefeito do Rio Saturnino Braga (agosto) e a educadora Terezinha Saraiva (setembro).