Dia dos Reis também vai ser dia de Samba, é que cinco dias após a grande festa de Réveillon, a Praia de Copacabana será palco de um evento inédito: realizado pela Prefeitura do Rio, o Encontro do Samba, no primeiro sábado do ano, dia 6, vai reunir a maior bateria já vista no mundo, com mais de 1.000 ritmistas das 13 escolas de samba do Grupo Especial. Uma parte vai sair do Leme (Avenida Princesa Isabel) e outra da altura da rua Figueiredo Magalhães, para um encontro marcado no meio da orla de Copa. Ao final do desfile pela Avenida Atlântica, os sambistas se juntarão à Orquestra Petrobras Sinfônica para um show no palco montado em frente ao Copacabana Palace. Vão participar ainda do evento cantores ligados ao ritmo, como Martinho da Vila, Alcione, Diogo Nogueira e o novo fenômeno da música pop, a cantora Iza.
O Encontro do Samba é uma extensão do Réveillon e faz parte do calendário “Rio de Janeiro a Janeiro”. O inédito encontro de ritmistas com os músicos da orquestra terá a execução de clássicos da MPB como “Aquarela Brasileira” (de Silas de Oliveira) e “Não Deixe o Samba Morrer” (de Edson Conceição e Aloísio Silva). A curadoria musical do evento, que começa às 19h, está a cargo de Guto Graça Mello.
O Palco
O palco que sediará o Encontro do Samba será no mesmo ponto onde vai acontecer o Réveillon, mas receberá algumas adequações e alterações, a partir do dia 2 de janeiro. Já a base que reproduz um pandeiro com 20 metros de diâmetro não será modificada.
Para esse espetáculo serão instaladas várias plataformas ao fundo do palco, onde todos os ritmistas ficarão após o percurso pela orla. A Orquestra Petrobras Sinfônica também terá o seu espaço para entrar em cena logo após a performance dos mestres-sala e porta-bandeiras das agremiações, cantores convidados e intérpretes, representantes de cada escola de samba.
O grande final será um momento memorável: a Orquestra Petrobras Sinfônica, com 59 músicos, sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky, vai se juntar aos ritmistas mostrando o poder que a música tem em agregar.
– Desde os tempos antigos, a arte popular e a erudita se complementam: o carnaval influenciou Villa-Lobos e este, por sua vez, influenciou Tom Jobim. O Encontro do Samba será, com certeza, um festival de sons e cores, tendo a Praia de Copacabana como testemunha, além do componente principal: o público, sempre ardoroso, companheiro de tantos outros eventos – vibrou o maestro.