Saiba como proteger seu pet durante a queima de fogos nas festas de fim de ano

Médica veterinária dá dicas de como acalmar os pets durante as comemorações

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Como proteger seu pet do barulho dos fogos do ano novo. Foto: Divulgação

Fim de ano chegou e com ele novamente a preocupação de como proteger os animais de estimação durante as tradicionais comemorações. Pais e mães de pets contam com a missão de proteger o bem-estar dos bichinhos especialmente nesta época do ano, pois os fogos de artifício são verdadeiros pesadelos para os pets.

Mas, por que os pets têm medo dos fogos de artifício? Thais Matos, médica veterinária da DogHero, explica que ao escutar sons tão altos, ainda mais de rojões e fogos de artifício, o instinto dos pets entra em ação para fugir de possíveis ameaças. “O forte barulho para os cães e gatos pode remeter a situações de perigo, como na natureza, fazendo com que o bichinho sinta que há algum desastre chegando, e para sobreviver ele precisa fugir do local”.

O cão associa o barulho intenso e pouco comum com a movimentação e a desordem que normalmente ocorrem nessas datas. Criando um quadro de fobia que pode, inclusive, resultar em um quadro sintomático de ansiedade, tremores, taquicardia (aumento da frequência cardíaca), vocalização excessiva (chorar, ladrar e latir) e até mesmo óbito em casos extremos.

Thais explica ainda que os principais motivos para que os fogos de artifício sejam considerados o pesadelo dos pets, são: audição apurada – cães escutam até 40.000 hertz e gatos escutam até 65.000Hz. Ou seja, o que é um mero barulho para nós, se torna um estrondo para os pets. Os efeitos luminosos podem bagunçar a visão dos pets. As fortes luzes e brilhos que os fogos de artifício têm, fazem a visão do animal ficar bagunçada, o que piora ainda mais a situação. Algumas raças são mais propensas a serem medrosas. Por uma questão genética, raças como Chihuahua, Dálmata, Galgo, Whippet e Shar-pei têm mais medo de barulhos.

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Para ajudar os tutores a terem um fim de ano tranquilo, a médica veterinária da DogHero explica como lidar com a situação e acalmar os animais de estimação durante as festas de fim de ano. Confira:

Como acalmar pet com medo de fogos de artifício?

Como a fuga é uma das principais ações dos pets em momentos de sons muito altos, como os fogos de artifício, é importante que o ambiente esteja preparado para que não haja possibilidade do animal escapar. Para os tutores de gato, certifique que sua casa está telada: independente se é fim de ano ou não, as janelas devem sempre estar com telas de proteção nas casas em que há rota de fuga. Feche janelas e portas, além de ajudar a evitar fugas, também abafa o som alto dos fogos e rojões. Deixe seu pet com coleira de identificação, pois se por acaso, infelizmente, ele acabar fugindo, se alguém o encontrar, saberá como contatar o tutor.

Como acalmar o pet antes da queima de fogos?

Se o animal de estimação for filhote, o melhor é acostumá-lo desde cedo, e aos poucos, a lidar com situações como essa, para que em momentos como a queima de fogos de final de ano, ele não sinta um “choque” com tantos barulhos. As recomendações para acostumar um filhote são as mesmas para um pet adulto, porém, no caso dos adultos, leva mais tempo para o deixá-lo mais tranquilo com a situação.

Para acostumar o animal com sons altos, é recomendado que você deixe uma música ligada no ambiente que o pet está ou até mesmo sons de fogos de artifício, rojões, trovões, e ir aumentando aos poucos na medida que o bichinho for aceitando. Para tornar o momento menos assustador e mais agradável, o ideal é agir naturalmente, sempre com expressões positivas, oferecendo biscoitos e brincando com pet com seus brinquedinhos favoritos. Isso vale para o dia da queima de fogos também.

O que fazer para acalmar o pet durante a queima de fogos?

Na hora que chega a queima de fogos, caso seu pet não esteja acostumado ou mesmo assim se assuste, existem algumas técnicas que podem ajudar seu pet para que ele fique mais calmo.

Deixe o acesso livre ao cômodo da casa que o pet gosta mais. Caminhas e caixas de transporte devem estar à disposição. Se o pet quiser se esconder, deixe, não o force a sair do esconderijo e nem reprima o animal por estar com medo. Deixe panos, toalhas, itens com cheiro do tutor na caminha ou caixa de transporte, isso o deixará mais tranquilo e passará segurança. Não deixe o pet sozinho, a sensação de solidão pode deixá-los ainda mais assustados, fique com ele e aja naturalmente.

O tutor não deve parecer assustado e nem tentar protegê-lo, pois o fará o pet acreditar que realmente está em perigo. Passe tranquilidade no ambiente. Use protetores auriculares próprios para pets. Se possível, coloque uma playlist de sons relaxantes para pets, músicas ou até mesmo ligue a TV para distrair o animal de estimação. Se for uma ave, deixe-a em um cômodo seguro, além de fechado para abafar os sons externos.[

Outra dica especial é o tabuleiro interativo, criado em parceria com a Petlove, disponível para download, que aborda as questões relacionadas ao medo dos animais e como devemos lidar com eles. “A soltura de fogos, principalmente os com sons, causa bastante medo em muitos animais e isso gera fugas, brigas, acidentes e até casos de óbito e por isso, desenvolvemos esse material a fim de proporcionar o bem-estar animal e, orientar a todos, do médico veterinário ao tutor, quanto essa questão”, afirma Jade Petronilho, Coordenadora de Conteúdo da Petlove.

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Formada em cinema e jornalismo. Também trabalha como assessora de imprensa, locutora e repórter de TV. Escreve em sites e blogs desde 2002. Passou pelas redações do Jornal do Brasil e O Dia. Em 2012 fundou o blog Bonde da Bardot, sobre animais e meio ambiente.
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3 COMENTÁRIOS

  1. Muitos desses animais usados oaea preencherem a carência humana passam todos os seus anos num único lar, quando não abandonados, sequer tendo experiências realmente segundo suas habilidades, desafios, cruzando e tendo crias naturalmente, convivendo, fora o barulho dos fogos, também todo tipo de poluição sonora, visual e olfativa. Uma vida que não merecem – segundo quem realmente ama animais, é contra a manipulação por cruzamento de pais com filhotes e entre irmãos como feita todos esses anos e mais recentemente via manipulação genética ao argumento de melhoramento de raças…

  2. O Brasil deveria avançar na proteção dos animais no sentido da proibição do comércio em lojas e, passo seguinte, de manutenção de animais nas zonas urbanas das cidades…

    Embora tais animais sejam definidos como domésticos isso é uma aberração retórica.

    Nenhum deles serviu originalmente com propósito de tê-los como animais de companhia.
    Na antiguidade haviam razões aceitáveis.
    Os cães tinham propósito de defesa, guarda contra os perigos, o pastoreio, a caça… com o avanço das sociedades, mais “modernamente” passaram ao status de animais de companhia do ser humano egoísta para o preenchimento de suas carências…
    Os animais sequer foram consultados. Ainda não foram libertos!

  3. Também pássaros e demais animais, como anfíbios, répteis, precisam de quem os defendam, pois os falsos defensores dos animais só tem suas ações na militância seletiva em prol dos animais de quatro patas cães e gatos.

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