Saiba quais são as ruas com mais imóveis abandonados no Centro do Rio

O Censo de 2022 foi complementados por um levantamento da Subprefeitura do Centro, que identificou 158 imóveis vazios e em péssimo estado de conservação na região, que passa por um processo de reavivamento

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Foto: Daniel Martins/DIÁRIO DO RIO

O Censo de 2022 revelou que o Rio de Janeiro tem 388 mil domicílios particulares não ocupados, o que representa 13,32% do total de domicílios na cidade. Este dado, apesar de não especificar os números exatos para o Centro, são complementados por um levantamento da Subprefeitura do Centro, que identificou 158 imóveis ainda vazios e em péssimo estado de conservação na região.

Ao mesmo tempo, uma pesquisa do departamento comercial da Sergio Castro Imóveis trouxe dados alentadores para os apaixonados pelo Centro Histórico, e dá conta de que apenas 19% das unidades corporativas consideradas de alto padrão estão vazias: com isso, são mais de 80% dos escritórios maios luxuosos e modernos da região que já se encontram alugados. O problema em geral está nos imóveis antigos.

A lista da prefeitura revela que as ruas com mais imóveis nessas condições são:

  • Rua da Carioca —12
  • Rua da Constituição —10
  • Rua Visconde do Rio Branco e Rua Mem de Sá — 9
  • Rua Sete de Setembro —8
  • Ruas Conselheiro Saraiva e Candelária e Travessa do Comércio — 6
  • Praça Tiradentes e Rua dos Inválidos — 5

A situação dos prédios antigos abandonados no Centro do Rio de Janeiro tem causado preocupação para evitar novos desmoronamentos. Por isso, o relatório da subprefeitura foi encaminhado à Defesa Civil para checar se há risco de desabamento. Há também áreas inteiras que lutam contra a criminosa invasão dos imóveis, como ocorre nas ruas Visconde de Inhaúma e Teófilo Otoni.

Alguns desabamentos recentes ligaram esse alerta. A estrutura interna de um imóvel na Praça da República desabou na noite do dia 17 de março. Outro episódio, em outubro de 2023, envolveu a queda parcial de um prédio na Travessa do Comércio, na região do Arco do Teles, que afetou um imóvel vizinho, e colocou em risco o conjunto tombado nacional da Praça XV. Na ocasião, a prefeitura tomou a propriedade do imóvel que ocasionou o problema, através de um instrumento chamado “arrecadação”, e já fez o escoramento do sobrado, que, após anos de descuido é abandono, deve ser restaurado pela municipalidade.

Para a estimular a revitalização e a reocupação do Centro, a prefeitura lançou o programa Reviver Cultural Centro. Até agora, 37 prédios foram licenciados pelo projeto, sendo 30 deles imóveis que estavam fechados e serão transformados por atividades culturais. A maioria na região da Praça XV.

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7 COMENTÁRIOS

  1. O abandono começa por prédios públicos icônicos como o Palácio Capanema – marco da moderna arquitetura brasileira – cujas obras foram interrompidas no governo Dilma e até hoje não retomadas. Mas o que fazer se a própria imprensa parece passar panos quentes na omissão das autoridades municipais e federais? Enviei artigo de minha autoria (com imagens) a respeito do referido edifício e seu abandono a este e outros 5 ou 6 jornais e não recebi resposta de qualquer um deles.

    Enquanto isso, a Prefeitura segue com suas ações mirabolantes, como a recém-anunciada transformação da Rua da Carioca em “rua da cerveja” (como se já não houvesse muitas pelo Rio), desprezando a vocação musical daquela região (lá estão a Escola de Música Villa-Lobos, a Casa do Choro, dois grandes teatros, um cinema que poderia tornar-se também um espaço para shows mas foi reduzido a rele sala de exibição de filmes pornô de quinta categoria, e a maior concentração de lojas de instrumentos musicais da cidade. Por que não criar-se ali, então a RUA DA MÚSICA, e não a rua da cerveja? Outro absurdo é a transformação da Estação Leopoldina em mais uma “cidade do samba”, quando o município deveria estar cobrando das autoridades federais o restabelecimento da linha ferroviária Rio-São Paulo e a utilização daquela estação (próxima ao Terminal Gentileza, Rodoviária e metrô Cidade Nova) para esta linha ou como o Museu dos Transportes (conforme idealizado por um ex-Secretário de Transportes do RJ).

  2. Pra “reavivar” o Centro bastaria diminuir os impostos e a burocracia do estado!!! Facilitação da regularização dos imóveis pelos proprietários!!!

  3. Moro próximo à Praça Tiradentes e do Largo de São Francisco. Lixo, abandono, violência, iptu caríssimo.
    1% da atenção que a Prefeitura dispensa ao Leblon já seria bom.
    Paes governa pros ricos. Demagogo.
    Minha rua é imenso estacionamento clandestino. Cadê o Corredor Cultural? A subprefeitura do centro é parceira da clandestinidade e do abandono. Xô picaretas!!!

  4. O centro pra crescer , precisa de comércio de bairro . padarias , horifrutti e supermercados . fim de semana a noite é perigoso . imagine chegar às 23:00 pra subir no seu apê …

    • Já discuti isto com um ex-secretário municipal, que respondeu com um “primeiro venham os moradores, depois virá o comércio”, como se alguém em sã consciência tivesse o interesse em viver em um bairro sem serviços essenciais!

  5. Boa tarde! Isto porquê vocês não foram em áreas atrás da Central, Cidade Nova, Catumbi, Estácio e São Cristóvão. Outra coisa! É Av. Mem de Sá e não rua. A rua Mem de Sá é em Niterói no bairro de Icaraí.

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