Em um ano marcado pela ausência das festividades do tradicional Carnaval carioca, a Prefeitura do Rio, por meio da Riotur, inaugurou, nesta sexta-feira (12/02), a iluminação especial do Sambódromo. Até sábado (20/02), quando seria realizado o Desfile das Campeãs, a Marquês de Sapucaí e a Apoteose ficarão iluminadas todas as noites até meia-noite em homenagem às vítimas da Covid-19 e, em especial, as do mundo do samba. A iluminação, a cada 10 segundos, lembra as cores de cada uma das escolas de samba do Rio.
Como manda a tradição, na sexta-feira anterior ao início da folia, o prefeito entrega a chave da cidade para o rei Momo. Desta vez, por causa da pandemia, o rei Momo passou a relíquia para o prefeito que, na sequência, a entregou para duas profissionais da Rede Municipal de Saúde que participam do combate à Covid-19: a enfermeira Adélia Maria dos Santos, responsável por aplicar uma das primeiras doses de vacina contra o coronavírus no Rio, e Joelma Andrade, ex-passista da Unidos da Ilha e técnica de enfermagem no município.
– Não vai ter carnaval porque a gente quer salvar vidas. Não vai ter carnaval porque a gente precisa preservar vidas. Não vai ter carnaval porque quem amamos e até os que não conhecemos não podem ficar expostos a essa doença que, infelizmente, matou no mundo uma quantidade enorme de pessoas. Essa também é uma homenagem a todas essas vidas perdidas – declarou o prefeito.
Ele reforçou o apelo para que a população evite aglomeração.
– Nos próximos dias, é para não ir a festas e nem desfilar em blocos. Vamos curtir o carnaval de maneira diferente. A minha promessa, o meu compromisso, quero assumir aqui perante o Rei Momo: em 2022, faremos o maior carnaval da história. Vamos fazer uma celebração inesquecível, para compensar esse ano – destacou.
A cerimônia contou com a presença do vice-prefeito Nilton Caldeira, da presidente da Riotur, Daniela Maia, do secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, do presidente da Rioluz, Bruno Bonetti, da secretária municipal de Conservação, Anna Laura Secco, do subprefeito do Centro do Rio, Leonardo Pavão, de familiares do Candonga, e do presidente da Liesa, Jorge Castanheira.
A RioTur também preparou uma bela homenagem para esse 2021 sem carnaval, lembrando que a luz do Carnaval nunca se apaga:
Outra bela homenagem foi da cervejaria Brahma, com Alcione cantando que o Samba Não Pode Morrer:
Plano logístico para combater aglomerações
A Prefeitura do Rio montou um plano logístico de ações para combater aglomerações durante o período em que seria realizado o carnaval. O esquema especial de fiscalização começou nesta sexta-feira (12/02) e vai até as 6h do dia 22. O planejamento conta com bloqueios em pontos estratégicos de acesso à cidade, ações destacadas da Guarda Municipal para impedir blocos, e comboios integrados pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), com o Instituto de Vigilância Sanitária (Ivisa) e o apoio da Polícia Militar, entre outros órgãos.
Além do levantamento prévio feito pela Seop, o trabalho das equipes nas ruas terá o suporte de monitoramento de câmeras 24 horas pelo Centro de Operações Rio (COR). Quem descumprir as regras (pessoas físicas e jurídicas) está sujeito a multas por infrações sanitárias, como aglomeração e falta de uso de máscara e interdição.
Sites que promovem festas pagas também estão sendo rastreados e serão notificados e responsabilizados, caso os eventos ocorram. Blocos ou agremiações carnavalescas que descumprirem as regras estarão automaticamente descredenciados do carnaval 2022. Além disso, equipamentos e carros de som serão apreendidos e acautelados.
Covid-19: classificação de alto risco, mas fila por leitos está zerada
A Prefeitura do Rio divulgou, nesta sexta-feira (12.02), o 6º Boletim Epidemiológico da Covid-19. O panorama mostrou que, pela quarta semana consecutiva, a capital fluminense permanece na classificação de alto risco. No entanto, a fila de espera por leitos, que no início de janeiro era de 150 pessoas, foi zerada.
O Rio de Janeiro é o município do estado que mais vacinou contra a Covid-19, com tempo médio de espera para a aplicação da vacina inferior a 15 minutos. Até esta sexta-feira, já foram aplicadas na cidade 224.389 doses, o que corresponde a 3,33% da população.
Grande palhaçada, morre gente todo ano de tuberculose e outras doenças contagiosas, mas não ter carnaval foi uma benção pois virou um antro de desrespeito a fé e a vontade do povo, espero que nunca mais tenham esses desfiles, o país precisa de coisas mais elevadas que essa orgia a céu aberto.