O auditório da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, no Centro do Rio, recebeu, no último sábado (24), o IV Encontro Monárquico do Rio de Janeiro, evento no qual foi abordada a importância da primeira Constituição do Brasil, que completa 200 anos. A benção aos presentes ficou a cargo de Dom Abade José Palmério. A Santa Casa recebeu dezenas de convidados no histórico prédio da irmandade que completou 442 anos em março, em meio a estátuas e afrescos que eram desconhecidos pela maior parte dos visitantes.
Já na chegada, os palestrantes e convidados se maravilharam com a enorme escadaria em mármore e os portões com os brasões do Império do Brasil, assim como as estátuas de Dom Pedro II, do provedor José Clemente Pereira e de São José de Anchieta em meio aos faustosos lustres da Irmansade da Misericórdiae os portentosos quadros com os benfeitores e provedores da instituição da rua Santa Luzia, famosa por seu pórtico de pedra.
No debate, do qual participaram quatro palestrantes de notório saber – o estudioso Edgar Leite foi um deles – foram comparadas as diferenças e aproximações entre a primeira Carta e a atual, promulgada em 1988 e que recebeu a alcunha de “Constituição Cidadã”; a imensa quantidade de emendas não deixou de ser notada. A partir das ponderações dos participantes foram estudadas propostas para uma nova Constituição e um possível futuro monárquico para o Brasil.
O encontro foi presidido pelo Chefe da Casa Imperial Brasileira, príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, vindo de São Paulo especialmente para o evento, que contou também com a companhia de D. Rafael, Príncipe do Grão-Pará, que também falou e foi muito aplaudido.
“Casa Imperial” (ou real, ou principesca) é uma instituição comum em toda antiga monarquia. Desde s Rússia, até Itália, Portugal, Alemanha e França, as famílias reais se organizam em torno de casas monárquicas, de forma a manter acesa a ideia da volta das monarquias, a exemplo do que ocorreu, por exemplo, na Espanha. Estas instituições gerem os movimentos monárquicos e por vezes a concessão de honrarias, brasões e títulos, sendo que aqui no Brasil a Casa Imperial é contrária a tais concessões ‘enquanto’ a monarquia não for o regime de governo do país.
Vale notar que o príncipe Dom Bertrand integra o chamado Ramo de Vassouras da família imperial, que não possui qualquer participação nos laudêmios e foros cobrados, na cidade de Petrópolis, pela Companhia Imobiliária de Petrópolis, controlada pelo chamado Ramo de Petrópolis. O DIÁRIO publicou grande artigo de advogado especializado sobre polêmica do laudêmio, que é erradamente chamado de “imposto do príncipe“. O laudêmio não é um imposto e sim um direito privado semelhante a um aluguel.
Também prestigiaram o evento: dirigentes da Santa Casa da Misericórdia como o chefe de gabinete do Provedor da Santa Casa, Dr. José Guilherme, lideranças do meio católico e empresarial, como o Diretor da Sérgio Castro Imóveis e provedor da irmandade de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, Cláudio André de Castro; além de vários profissionais liberais de destaque no cenário fluminense e brasileiro. A lugartenente da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém, milenar ordem de cavalaria católica, Dra. Ísis Penido, também prestigiou o evento.
O IV Encontro Monárquico do Rio de Janeiro foi organizado pelo Círculo Monárquico fluminense com apoio da Santa Casa.
… não pendeu para o lugar comum…
Valeu pela matéria, que não perdeu para o lugar comum.
A instituição proponente do IV Encontro Monárquico Fluminense foi o Círculo Monárquico do Rio de Janeiro (as referências foram invertidas no texto).
Observo, porém, que a mais que secular construção pode até ser popularmente conhecida por o pórtico da fachada ser de pedra, mas, pelo papel no socorro de pacientes e na formação de profissionais de medicina, as Santas Casas são, há séculos, capítulo à parte na História e na Saúde nacionais.
Excelente matéria. Informação pura, sem ideologias de cunho político partidário.
Muitos erros de digitação num artigo tão importante. Descuido.
Vosso nome é “Cidadã”?