São Cosme e Damião: A deliciosa tradição que segue viva no coração dos cariocas

Ainda com as restrições da pandemia, o Rio vai aos poucos resgatando um de seus costumes mais genuínos, o Dia de São Cosme e Damião

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(Foto: Dório Victor)

O Dia de São Cosme e Damião, uma das datas mais doces do ano (péssimo trocadilho), acontece nesta segunda (27/09, embora o dia certo dos santos seja 26 de setembro) ainda cercada de incertezas por conta da pandemia da Covid-19. Em setembro passado, o que se viu foi uma tímida movimentação pelas ruas, com a adoção de medidas mais rígidas de isolamento naquela época. Já esse ano, com o avanço da vacinação, é bem provável que tenhamos um fluxo muito maior de mães, pais e filhos correndo em busca do tão sonhado saquinho de doce e mantendo acessa a chama dessa tradição que sobrevive em solo carioca de forma mais intensa, seja dos muitos que amam e de alguns malas que odeiam.

Mesmo com 99% da população adulta imunizada com a primeira dose, é preciso tomar certos cuidados, as crianças ainda não tem uma vacina aprovada pelos órgãos competentes que as previna do coronavírus, e alguns protocolos de segurança, como distanciamento e uso de máscara ainda são extremamente importantes, mas é pouco provável que não vejamos cenas de crianças com suspiros, doce de abóbora, maria mole, entre tantos outros quitutes típicos dessa época do ano.

Na Capital Fluminense, a distribuição do icônico saquinho de doce com a imagem dos santos ocorre com mais frequência nas Zonas Norte e Oeste, o subúrbio do Rio alimenta essa tradição que mesmo diante da crise sanitária insiste em se manter tão relevante, passando de pais para filhos e de filhos para netos. Aos mais velhos, que se veem impossibilitados de correrem atrás das guloseimas (como este que vos escreve), fica sempre aquele sentimento de “inveja” das crianças, mesmo com todas as dificuldades impostas.

Ainda existe a concorrência dos tempos modernos, onde os celulares, tablets e computadores, cada vez mais tecnológicos e com mais opções de entretenimento, ocupam boa parte do tempo dos pequenos. Diante desse cenário, onde equipamentos sofisticados e uma pandemia sem precedentes impedem a celebração do Dia de São Cosme e Damião em sua plenitude, podemos afirmar que comemorar o dia dos santos, seja indo em busca de doces ou demonstrando sua devoção, é um ato de resistência.

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Doces de São Cosme e Damião (Foto: Reprodução Redes Sociais)

História da dupla de santos e origem da distribuição de doces

Irmãos gêmeos, médicos, que atendiam a população sem cobrar qualquer tipo de pagamento, Cosme e Damião são santos com devoções bem antigas e que furam a bolha da Igreja Católica, muito em função da tradição da entrega de doces para as crianças.

São Cosme e Damião morreram por volta de 300 a.C. e, por terem exercido a medicina sem cobrar por isso, viraram santos. Eles davam balas para as crianças doentes, com o intuito de amenizar o sofrimento. Daí, surgiu a tradição das religiões de matrizes africanas de distribuir de doces, celebrando a alegria e a inocência das crianças.

Para os católicos, São Cosme e São Damião são os padroeiros dos farmacêuticos. Já em religiões de matrizes africanas, algumas imagens de Cosme e Damião tem uma terceira criança menor entre os gêmeos. Trata-se do Doum. Várias lendas explicam eles eram trigêmeos, e que com a morte de Doum, os outros irmãos se tornaram médicos para curar a todas as crianças, sempre de forma gratuita. Doum é considerado o protetor das crianças até sete anos de idade. Cosme, Damião e Doum representam os erês.

Viva São Cosme e Damião!

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2 COMENTÁRIOS

  1. Uma tradição docinha, que condena a alma de criancinhas ao inferno.
    Estes doces são na realidade uma oferenda a deuses pagãos de matriz africana, que de uma forma sorrateira se utilizam das Santas Imagens – não os espíritos mas a más mentes, pois as imagens representam os santos – para dar da oferenda deles a crianças.
    Católicos não podem consumir estas oferendas.

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