Crianças nas ruas, sacos de doces, saborosa alegria espalhada. Essa é a imagem mais marcante do dia de São Cosme e Damião. A data é celebrada no dia 27 de setembro. Porém, o dia dos Santos é em 26 do mesmo mês.
Os irmãos gêmeos Cosme e Damião morreram por volta de 300 a.C. Eles exerceram a medicina sem cobrar e por isso acabaram virando santos.
A comemoração, mais ligada à Umbanda e ao Candomblé, acabou se expandido à população de maneira geral, fugindo da esfera religiosa, com as crianças saindo às ruas para pegar doces. Esse fato é tradição no Rio de Janeiro há anos.
Cosme e Damião teriam nascido na região da Ásia Menor, que corresponde à atual cidade de Egeia, na Síria, por volta do século 3º.
De accordo com os relatos, eles seriam cristãos, em uma época em que o Império Romano ainda não aceitava o cristianismo e foram perseguidos e mortos a mando do imperador Diocleciano por volta do início do século 4º.
A vida e a morte dos dois os levou ao patamar de santos católicos. Eles foram reconhecidos como santos a partir do século 6º. Eles teriam morrido no dia 27 de setembro.
Até 1969, a data para celebrar os santos se manteve. A partir de uma reforma no calendário católico, foi decidido que Cosme e Damião seriam lembrados em 26 de setembro para não haver choque de datas com São Vicente de Paula, cuja morte, comprovadamente, foi em 27 de setembro, o que não há confirmação no caso dos irmãos gêmeos.
Os irmãos Cosme e Damião são considerados padroeiros dos cirurgiões, médicos, farmacêuticos e também das crianças, dos barbeiros e dos cabeleireiros. A igreja que leva o nome dos irmãos fica no Andaraí, na Rua Leopoldo.
Os tradicionalissímos saquinhos de doces são distribuídos porque nas religiões afro-brasileiras, Cosme e Damião são sincretizados com entidades infantis.
O orixá que costumeiramente é sincretizado com São Cosme e São Damião é Ibeji, divindade que é representada por irmãos gêmeos.
Agora, independentemente da certeza da data e outros distantes fatos históricos, é hora de distribuir e comer doces pelas ruas do Rio de Janeiro, pois essa tradição é certeza absoluta por aqui.
