São Sebastião do Alto, na região Serrana do Rio, tem o primeiro produtor de café com grão robusta e conilon

O grão robusta serve para dar mais coloração e tonalidade ao café, barateando o preço final do produto, sendo uma alternativa rentável na cadeia produtiva do estado; a Emater-Rio celebra a conquista

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Foto: Emater/Divulgação

Visando a diversificação de culturas de plantio no estado, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater-Rio) celebrou o primeiro produtor de café da região Serrana, em São Sebastião do Alto. Além da olericultura, principal matriz econômica da região há décadas, o cultivo do grão robusta e conilon vem para enriquecer a cadeia de abastecimento e baratear o custo do produto final.

São 22 mil pés plantados através do financiamento do crédito rural na comunidade do Guarany, onde os irmãos Noé de Souza, Josoé de Souza e Joel de Souza esperam colher em torno de 80 a 100 sacas de sementes ainda este semestre.

A expectativa de aumento na rentabilidade e no lucro da fazenda animou os produtores.

O agricultor Noé de Souza fala que é uma nova vivência dentro do campo da produção. “É uma experiência que queremos levar à frente para outros começarem a plantar também e ficar mais fácil adquirir maquinário, um secador de café comunitário, por exemplo. Assim não ficamos dependentes de uma cultura só, e o café é uma coisa boa para o produtor. Eu acho que eu e meus irmãos estamos no caminho certo; com expectativa grande de prosseguir para fazer história”, relatou o agricultor Noé.

A produção cafeeira no Rio de Janeiro é mais forte nas regiões Norte e Noroeste, propícias para o cultivo do grão arábica, tipo de café mais consumido em geral. A região Serrana oferece as condições climáticas ideais para o grão robusta, que cresce melhor em regiões quentes e secas.

O presidente da Emater-Rio, Marcelo Costa, frisou o pioneirismo dos produtores como alternativa de lucro e melhoria da qualidade de vida das famílias produtoras. “Estamos diversificando a produção, hoje é um plantio pioneiro para essa família que trabalha com pecuária leiteira e hortaliças por tradição e está investindo nessa nova lavoura. A Emater-Rio cumpre o papel de extensão rural pois além da assistência técnica de décadas, nesse momento de iniciativas, integra e conecta os produtores de diferentes regiões para a troca de experiências e conhecimentos”, informou.

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