O filme “O Crime é Meu” é uma deliciosa surpresa francesa para quem quer se divertir com uma pegada mais cult. O roteiro adaptado da peça “Mon Crime”, de 1934, conta a história de Madeleine, uma atriz jovem e pobre que acaba sendo acusada de assassinar um produtor de cinema. Ela mora com Pauline, uma advogada desempregada que também passa por problemas financeiros. Com muita destreza, elas conseguem alegar legítima defesa no crime de assassinato.
A partir desse momento, a vida de Madeleine muda completamente. Todos os olhares se voltam para ela, e a atriz começa a ver sua carreira se ascender. Mas a verdade sempre vem à tona, e todas as vezes que ela vem, o público assiste a uma nova reviravolta no filme.
O Crime é Meu é dirigido por François Ozon, que por sinal fez um trabalho impecável. Primeiro por unir um elenco tão divertido e teatral. Segundo por organizar a condução do longa de forma a sempre deixar uma surpresa agradável a quem assiste. O filme é leve, mas com um tom de suspense de roer as unhas.
“O Crime é Meu” quase não tem momentos sem diálogos, e é extremamente dinâmico. Fica difícil perder o foco. E o tal elenco teatral é algo que realmente chama atenção. Nadia Tereszkiewicz e Rebecca Marder são perfeitas juntas. Além de contracenarem super bem, suas expressões faciais individuais são fascinantes.