Saúde do Rio perdeu 15% dos leitos do SUS, em dez anos

Maioria dos leitos fora de operação está nos hospitais federais, com o Hospital Geral de Bonsucesso sendo a unidade mais afetada, com 197 leitos desativados

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Imagem meramente ilustrativa / Foto: Reprodução

Um levantamento realizado pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) mostra que, entre 2005 e 2019, o número de leitos hospitalares Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade do Rio de Janeiro sofreu um recuo de 15%.

Em 2012, a capital fluminense contava com 183 leitos para cada 100 mil habitantes. Dez anos depois a proporção era de 155 para cada 100 mil habitantes, o que deixa o município abaixo da média nacional: 164/100 mil habitantes. O ano de 2024, por sua vez, também registrou uma cada no número de leitos do SUS, que passou 149 para cada 100 mil moradores da capital fluminense.

Segundo o site Tempo Real, dos 10.057 leitos cadastrados no SUS no Rio, aproximadamente 1.179 estariam desativados por problemas, como falta de manutenção e de pessoal, além de inadequações nas enfermarias. A defasagem reduz a média de leitos para 131 disponíveis por 100 mil habitantes, muito abaixo das necessidades da população.

Ainda segundo o veículo, a maioria dos leitos fora de operação está nos hospitais federais, com o Hospital Geral de Bonsucesso sendo a unidade mais afetada, com 197 desativados. Em seguida vêm os hospitais Universitário Clementino Fraga Filho, Federal da Lagoa e dos Servidores, com 68, 67 e 63 leitos bloqueados, respectivamente. Já nos institutos nacionais de Traumatologia e Ortopedia e Câncer, 53 e 52 estão inoperantes, nesta ordem.

Segundo o vereador do Novo, Pedro Duarte, os números demonstram uma “uma crise de gestão e integração”, que gera o fechamento de quantidade considerável de leitos hospitalares, enquanto a população sofre por falta de atendimento adequando.

De acordo com o veículo, em 2022, o investimento médio na saúde municipal teria sido de apenas R$ 521 por habitante, colocando a cidade na 16ª posição entre as capitais em gastos com saúde pública. A falta de investimentos, de leitos e de recursos operacionais gera um cenário de vulnerabilidade preocupante para a população da cidade.  

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