*Matéria de Ana Flávia Assumpção (Diretora da Pesquisa) e Felipe Lamarca (Assistente de Pesquisa)
Em razão do Setembro Amarelo, o Instituto Rio 21, em parceria com o Diário do Rio, lançou a segunda edição da pesquisa cujo objetivo era compreender como anda a saúde mental dos moradores do Rio de Janeiro.
O Instituto Rio21 perguntou como os cariocas avaliavam a própria saúde mental ao longo de 2022. Mais da metade dos respondentes disseram que a sua saúde mental está ótima ou boa, ao passo que apenas 17,7% afirmaram que a sua saúde mental está muito ruim ou ruim neste ano.
Os números atuais são bastante diferentes do que foi verificado na pesquisa anterior: em 2021, 40,7% dos cariocas afirmavam que a saúde mental estava ruim ou muito ruim.
Outro destaque positivo em 2022 diz respeito à solidão: aproximadamente 50% dos cariocas disseram que raramente ou nunca se sentem solitários.
Menos de 20% afirmaram que se sentem solitários sempre ou quase sempre atualmente. Vale ressaltar que a maior parte das pessoas que se sentem solitárias são aquelas que moram sozinhas, representando em torno de 25% desses respondentes.
A pesquisa mostrou que a saúde mental da população carioca melhorou nos últimos 12 meses.
Quando a primeira edição da pesquisa foi realizada, em setembro de 2021, a situação da pandemia ainda afligia fortemente os cariocas. Isso certamente ajuda a explicar porque tantas pessoas avaliaram que a saúde mental estava tão ruim naquele momento.
Agora, em 2022, com a redução dos casos de COVID-19 e o fim das medidas restritivas, possibilitando uma maior interação entre as pessoas e a retomada do convívio social, um percentual muito maior de cariocas avaliam positivamente a própria saúde mental.
Mais resultados dessa pesquisa serão divulgados ao longo dos próximos dias.
Assinatura: Ana Flávia Assumpção (Diretora da Pesquisa) e Felipe Lamarca (Assistente de Pesquisa)
Somente por causa da pandemia a saúde mental piorou? Quer dizer que a violência, o trânsito, o desemprego ou a renda, a dificuldade no acesso a saúde, tanto pública quanto particular, o desrespeito aos direitos, não impactam a saúde mental?
Neste campo de guerra diário saúde mental boa é impossível.