A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento fechou, nesta segunda-feira (8/2), uma indústria de laticínios em Campos dos Goytacazes. Segundo os técnicos da Defesa Agropecuária, o local, que fica em Imbé, funcionava de forma clandestina, nos fundos de uma casa, e não cumpria nenhuma das exigências legais de controle de qualidade dos produtos e de higiene. Ao todo foram apreendidos e inutilizados 37 kg de queijo mussarela e 300 litros de leite. O local deverá permanecer fechado até se regularizar, sob pena das sanções administrativas e criminais cabíveis, com multa que pode chegar a R$ 3.700.
O secretário de Agricultura, Marcelo Queiroz, explicou que o material era produzido para venda em churrascarias da cidade e que estas ações, cujo objetivo é manter a integridade do consumidor, têm sido constantes em todo o estado. A fiscalização contou com apoio da Vigilância Sanitária e da Polícia Militar.
– Há um alto comprometimento com a fiscalização dos comércios de produtos de origem animal. Um trabalho essencial que protege o consumidor de receber produtos impróprios para consumo – explica o secretário.
De acordo com o coordenador de Controle de Qualidade de Produtos Agropecuários, André Sampaio, as atividades de combate à produção clandestina de alimentos serão ampliadas em todo o estado do Rio de Janeiro pelo Serviço de Inspeção Estadual/RJ, em ações isoladas ou em conjunto com outros órgãos.
– Estamos reestruturando a coordenadoria responsável pelas ações. Estão programadas Barreiras Fiscais Agropecuárias nas rodovias de acesso ao Rio de Janeiro e em locais de produção, ajudando a coibir o trânsito e a entrada desses produtos clandestinos para consumo. Desta forma, evitamos a ocorrência de surtos de doenças veiculadas por alimentos ou até mesmo o aparecimento de uma nova enfermidade – afirmou o coordenador.
O que adianta fechar o estabelecimento que fabricava e vendia produtos fora dos padrões sanitários para atender clientes de estabelecimentos do ramo gastronômico de churrascarias e não ir atrás destes últimos cujo comportamento e reprovabilidade é tão ou maior porque comprava, no mínimo, sem se importar com a origem, provavelmente sabendo da irregularidade dos produtos (será que com nota fiscal?) e preços mais baixos que o normal.