Secretários deixam momentaneamente a Prefeitura do Rio para votação da PEC do voto impresso

Marcelo Calero e Pedro Paulo, secretários municipais de Governo e Integridade e Fazenda e Planejamento, respectivamente, também são deputados federais e participarão de votação da PEC defendida por Jair Bolsonaro nesta terça (10/08)

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Respectivamente, Marcelo Calero e Pedro Paulo - Fotos: José Cruz/Agência Brasil e Divulgação/Democratas

Os secretários municipais do Rio de Janeiro Marcelo Calero (Cidadania) e Pedro Paulo (DEM), responsáveis pelas pastas de Governo e Integridade (Segovi) e Fazenda e Planejamento (SMFP), respectivamente, foram exonerados de seus cargos para participar da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, defendida pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), uma vez que também são deputados federais. Ela acontece nesta terça-feira (10/08) na Câmara, em Brasília.

Tanto Calero quanto Pedro Paulo foram eleitos ao cargo federal no pleito de 2018, mas, desde que Eduardo Paes (PSD) assumiu a Prefeitura do Rio, em janeiro deste ano, pediram licença da função para comandar as secretarias. Quando retornarem de Brasília, vale ressaltar, eles serão renomeados às suas respectivas pastas na capital fluminense.

Por serem aliados de Paes, que já se mostrou contrário à proposta, a tendência é que os 2 secretários/deputados votem contra ela. O DIÁRIO DO RIO tentou contato com ambos para comentarem o assunto, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve resposta de nenhuma das partes. A reportagem será atualizada tão logo isso aconteça (conferir no final do texto).

A referida PEC, vale lembrar, já havia passado por uma Comissão Especial que recomendou o seu arquivamento. No entanto, o presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP), optou por levá-la à votação no plenário.

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No relatório que definiu o então arquivamento da PEC, o deputado Raul Henry (MDB-PE) alegou que ”a impressão de votos ocasiona sérios riscos ao processo democrático, associados ao contato humano com toneladas de papel”.

Atualização 1 – 10 de agosto de 2021 – 10h48

A assessoria da SMFP informou que Pedro Paulo já havia se manifestado sobre o assunto na última sexta-feira (06/08), via Twitter. Na ocasião, ele disse: ”Já que essa sandice de voto impresso não morreu na Comissão Especial, como deveria, e o presidente Arthur Lira decidiu levá-la ao plenário, na semana da votação me afastarei da Secretaria de Fazenda do Rio para votar a favor do nosso sistema eleitoral e defender a democracia.”

Atualização 2 – 10 de agosto de 2021 – 14h35

Por meio de nota oficial enviada pela assessoria da Segovi, Marcelo Calero se pronunciou da seguinte forma: ”A PEC do retorno do voto impresso é uma tentativa espúria de fragilizar a democracia brasileira e as eleições diretas, legítimas e regulares. Retornei ao meu mandato para votar contra essa proposta absurda e extemporânea. E não haverá qualquer ato populista ou autoritário que possa intimidar os legítimos representantes do povo brasileiro a enterrarem esse retrocesso.”

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3 COMENTÁRIOS

  1. Se votarem contra a PEC do voto auditável é sinal que defendem a velha política sórdida e não querem o aprimoramento das eleições, são aliados de bandidos, ou tem rabo preso no STF ou no TSE. Lamentavelmente o Rio é um dos estados federados que elegem os piores representantes, mas também temos o “nervosinho” que sabe que um dia seus inúmeros processos criminais (que não andam graças aos amigos no MPRJ) terão de passar pelo STF, então não é bom pra ele contrariar os sinistros rábulas supremos.

  2. Calero é um sujeito q fez fama ao pedir exoneração por não concordar com fato ilegal. Mas na prática mostra q só foi contra o ilegal por não ser benéfico a ele. Não importa de q lado se esteja, é incompreensível (ou não), ser contra um fato q dará mais segurança aos votos dos eleitores.

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