Neste sábado (03/06) e domingo (04/06), o Rio de Janeiro se tornará palco da 2º Edição do Presença Festival 2023. Um evento que celebra a diversidade, equidade, inclusão e, acima de tudo, a representatividade. O objetivo é evidenciar as potências da comunidade LGBTQIAPN+ nas artes, na cultura, no empreendedorismo e nos mais variados segmentos culturais e da economia criativa
Conhecido pela pluralidade, o evento apresenta uma programação exclusiva e democrática, dando início às comemorações do Mês do Orgulho. Alguns artistas como Linn da Quebrada, Johnny Hooker e Grag Queen, vencedora do reality americano Queen of The Universe, sobem ao palco do Circo Voador, na região Central do Rio, no sábado (03/06). Nos intervalos, a DJ Bruna Strait comanda as pickups. E no espaço ao ar livre, acontece a exposição “O que sustenta o Rio” do artista quilombola Joelington Rios.
Na mesma noite, acontece a “Ball do Orgulho” que traz à tona a cultura ballroom com a convidada Lasseindra Ninja, dançarina francesa transgênero e pioneira no cenário europeu.
“Abrir as comemorações do mês do Orgulho LGBTQIAPN+ com o Presença Festival é sensacional. O evento é uma celebração à diversidade na cultura. Nesta segunda edição, traremos um olhar especial para os artistas talentosos que representam esse movimento político e social mas não recebem oportunidades porque ainda há pouco espaço para a diversidade no mercado cultural e artístico. O mundo está mudando, o cenário melhorando, mas precisamos sempre nos afirmar para manter nosso espaço e evitar que o conservadorismo volte a ocupar. No festival, o debate é interseccional, temos o objetivo de juntar forças para combater o preconceito através da arte”, destaca José Menna Barreto, idealizador, diretor artístico e curador do evento.
Já no domingo (04/06), o público terá acesso ao “Mundo Presença” com cerca de 30 atividades gratuitas, das 10h às 20h, no Centro de Movimento Deborah Colker. Na seção “Arte Sem Amarras”, o artista visual Diego Moura apresentará a exposição “O Abecedário da Diversidade”. No espaço intitulado “Movimentos Transversais”, haverá oficinas de break, de passinho, de samba, de afrofunk e de Vogue, que é mais do que um estilo de dança marcado por poses, e sim um movimento de reafirmação de identidade de gêneros e sexualidade. Quem estará no comando desta oficina inédita é, novamente, Lasseindra Ninja. Também serão ministradas atividades de música instrumental com participantes dos Blocos de Carnaval Amigos da Onça e Bloconcé na sala “Diversidade Sonora”.
No espaço “Telas Plurais”, serão exibidos curtas e após cada sessão haverá bate-papo com as diretoras de cada filme. Já na sala “Letras Inclusivas”, Alice Marcone estará à frente do workshop “Construção de Personagem – Análise de filmes com personagens trans” e Felipe Cabral comandará o talk “A representatividade LGBTQIAPN+ na literatura”.
E para as crianças, uma dinâmica especial com leitura e contação de histórias que celebram a diversidade, na seção “Sementes do Futuro”. Escrita e desenvolvida por Janine Rodrigues, a atividade “Se esta história fosse minha” foi vencedora do Prêmio Arte Escola do Rio de Janeiro e do Prêmio Criança da Fundação Abrinq.
O empreendedorismo também ganhará destaque no festival. Patrocinada pelo Mercado Livre, a Feira Múltipla, que reúne arte, moda, design, acessórios e gastronomia, apresenta o trabalho de dez empreendedores, sendo eles mulheres, negros e LGBTQIAPN+. Como um plus para o público que visitar os stands, haverá pocket shows com as cantoras Tabatha Aquino e o DUO Mari Jasca + Paloma Ronai.