Qualquer pesquisa com cariocas a segurança pública está entre os principais problemas, tanto assim que o movimento anti-IPTU uma das principais reclamações era a de violência na cidade. Violência que não é tanta como a grande imprensa gosta de mostrar, se fosse como os jornais mostram a média de vida do carioca seria de 19 anos.
Pois bem, o tema é tão caro ao carioca que dois dos mais bem colocados nas pesquisas para as eleições para a prefeitura do Rio este ano são dois candidatos monotemáticos, Denise Frossard (PPS) que fez carreira como a juíza que prendeu os bicheiros, e o outro é Wagner Montes (PDT), apresentador de um programa policial da Rede Record.
Mas seria interessante deixar que este fosse a bandeira principal de um prefeito do Rio de Janeiro? Não, claro que não. Pode ser o principal tema de um governador, Denise Frossard chegou ao 2o turno assim, mas de alguém que espera comandar um município brasileiro é impraticável. E por um simples motivo, tem pouco que um prefeito pode fazer.
A Constituição do Brasil em seu Art. 144, é específica, a segurança pública é responsabilidade das polícias federal, rodoviária federal, ferroviária federal, civil, militar e corpo de bombeiro militar. Ou seja, um candidato a prefeito que vier com um discurso forte de segurança pública mostra que não conhece bem suas competências.
A chance para estes candidatos continuarem no grupo de frente das pesquisas é mostrar que tem outras propostas e conhecimento dos outros temas da mesma forma que conhecem a segurança público.