Sem verbas, Museu Histórico Nacional e Museu Imperial podem fechar em agosto

Inicialmente, o Governo Federal cortaria R$ 10 milhões em verbas do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), instituição que gere 30 museu no Brasil. Agora, o corte será de R$ 27 milhões

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Museu Histórico Nacional (Foto: Divulgação)

Autarquia federal criada em 2009 para promover a integração institucional e ampliação do acesso da população aos equipamentos de memória, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) apontou um duro golpe: o corte de verbas. A medida pode fazer com que 30 museus sob a sua administração direta fechem as portas.

A medida foi anunciada pelo Governo Federal e previa, inicialmente, um corte de R$ 10 milhões. Mas foi reposicionada para mais que o dobro desse valor: R$ 27 milhões. Com isso, técnicos do setor avaliam que, em agosto, muitos equipamentos culturais poderão suspender as suas atividades.

Entre as finalidades da instituição estão a apresentação de planos para a divulgação em âmbito nacional e internacional dos acervos museológicos; inventariação dos bens culturais musealizados, objetivando a sua proteção e preservação, para posterior disponibilização ao público; além da apresentação de planos de segurança e proteção de acervos, instalações e edificações, entre outras atribuições.

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O corte de R$ 27 milhões nas verbas do Ibram coloca a população em estado de alerta quanto às possíveis consequências da medida, revelando o descaso com o qual é tratada a cultura brasileira.

Em entrevista ao jornal O Globo, o historiador e representante do Ibram Marcos Brum Lopes, teria afirmado que a “cultura do país está sufocada”. Ele teria dito ainda que o corte na dotação orçamentária inviabilizará até mesmo a realização de ações básicas, como a asseio das instituições.   

“É uma verba que nos falta na manutenção básica: limpeza, segurança, jardinagem. Sem isso, infelizmente, a abertura ficará comprometida”, dsse Brum Lopes ao veículo.

Localizado na Praça Marechal Âncora, no Centro Histórico da cidade, o Museu Histórico Nacional (MHN) é uma das pérolas da nossa museologia. O edifício foi inaugurado em 1922 pelo então presidente Epitácio Pessoa em comemoração ao Centenário da Independência do Brasil, e teve como primeiro diretor o advogado e jornalista Gustavo Barroso.

Entre 1932 e 1977, funcionou no local o primeiro curso de Museologia brasileiro, o que ajudou a torná-lo uma das instituições mais importantes do País. Em 1934, o MHN abrigou ainda a Inspetoria dos Monumentos Nacionais, posteriormente convertida no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O conjunto arquitetônico e as coleções do Museu Histórico Nacional foram tombadas pelo Iphan, em 2009.

Com um acervo constituído por peças ligadas à monarquia brasileira, o Museu Imperial de Petrópolis funciona no antigo Palácio de Verão do imperador brasileiro Dom Pedro II. Para dar início à construção da belíssima edificação, que durou de 1845 a 1862, o monarca assinou um decreto, em 16 de março de 1843, criando a cidade de Petrópolis.

O local conta com um acervo integrado por mais de 250 mil documentos originais do século XIII ao XX, além de diversas coleções particulares de nomes, como João Lustosa da Cunha Paranaguá, o 2º Marquês de Paranaguá; e Ambrósio Leitão da Cunha, o  Barão de Mamoré. A casa também conta com a coleção de correspondências trocadas entre D. Pedro II e a Condessa de Barral; além do Arquivo da Casa Imperial Brasileira, entre outras.

Com informações do jornal O Globo.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Acabar com a vergonha bilionária do orçamento secreto é uma sugestão para que não haja corte de verbas e o museus administrados pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) possam funcionar sem problemas:

  2. Cultura! Só via Rouanet,!
    Ora, a esquerda deixou o Museu Nacional queimar. Agora, está tendo novo descaso com mais museus. Dinheiro só para artista famoso, via rouanet. T

  3. Esse é o tal corte de gastos, perseguição da meta fiscal e superavit que o Mercado Financeiro bate bumbo 24h por dia.

    A longo prazo, estaremos todos mortos mesmo. Matar a história e a cultura do país hoje em prol da meta fiscal não me parece ser tão ruim, né? (ironia).

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