O Rio de Janeiro tem 4 candidatos com chances reais de vitória e há algo interessante em 3. A linha de campanha deles é “vou ajudar o presidente” e o mesmo acontece em outros estados, afinal, com Lula na fase de 80% o ideal é surfar em sua popularidade.
O candidato ao Senado pro Minas, Itamar Franco, fez uma boa pergunta: “Como pode um candidato anunciar-se senador do presidente? Se a primeira atribuição constitucional de um senador é julgar o presidente da República”. Há a necessidade prima do senador ser independente.
O Rio de Janeiro hoje tem 3 senadores do governo e quando o Rio mais precisou, na questão dos royalties, perdemos. Dependemos agora da boa vontade do próximo presidente que pode muito bem aprovar a lei.
No entendimento de Itamar Franco, que já foi senador por 16 anos, em dois mandatos, o parlamentar deve preservar sua isenção, em vez de dizer que será um representante do presidente da República. Um dos motivos que teriam levado ao enfraquecimento do Poder Legislativo, segundo o ex-presidente da República, foi o atrelamento do Congresso ao Governo Federal. “Precisamos resgatar a independência dos Poderes”, afirma.
Sem contar o perigo do autoritarismo do próprio PT, como prova o caso da quebra do sigilo das declarações de IR de vários tucanos. Cesar Maia hoje comentou sobre este perigo e as correlações com o nacional-socialismo dos anos 30 na Alemanha: