Sergio Cabral (PMDB) está procurando uma forma de deixar o governo do estado em 2013 mas sem quem pegue tão mal e deixe claro que tudo não passa de um acordão político, leia sobre ele aqui.
Seguindo essa ideia o prefeito Eduardo Paes (PMDB) puxa-saco aliado de Cabral disse no domingo: “O que a gente pensa para a aliança PT-PMDB para 2014, o que eu quero, é que o Sérgio Cabral seja o vice da Dilma. A gente gosta e respeita o vice-presidente Michel Temer, mas agora é a vez do governador Sérgio Cabral ser o vice.” O que deixou o partido de ambos irritadíssimo, afinal, é praticamente uma facada no atual vice-presidente.
Mas, pelo jeito, é bom Cabral desistindo de ser vice de Dilma. Seu próprio partido já informou que ele não tem condição moral de almejar nada, olha o que disse, de acordo com Josias de Souza da Folha, o ex-ministro de Lula e atual vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima (PMDB): “O que o Eduardo Paes propõe é a instituição da República dos Guardanapos” (lembrando as fotos de Cabral e seus assessores na Europa). Sem dúvida dando munição aos outros candidatos contra Dilma ao ligar diretamente seu vice a empreiteira Delta.
Cabral disse que não pretende ser vice, mandou várias notas pelo Twitter e ligou para os caciques de seu partido dizendo que a ideia era apenas de Eduardo Paes, mas não colou muito. Além disse, Gedel continuou a falar sobre o prefeito do Rio: “No PMDB, a voz do Paes é nula. Outro dia ele disse que é prefeito do Rio, não do PMDB. A história dele mostra que, de fato, ele não tem partido político. É um nômade partidário.” Ele já foi PV, ex-PFL, PTB, PSDB, ufa, e finalmente PMDB.
Ontem o mesmo Josias de Souza comentou que Sergio Cabral quer se tornar ministro de Dilma, preferencialmente Minas e Energia, que tem um belíssimo orçamento. Acontece que é a pasta controlada por José Sarney, que não vai querer abrir mão assim tão fácil. E também pega mal para o governo federal ter alguém tão próximo a Delta em uma posição estratégica.