Alvaro Tallarico: ‘How to be a Carioca’ louva o Rio com irreverência e eficiência

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Carlos Saldanha discursa durante a estreia de How to be a carioca no Festival do RIo 2023
Carlos Saldanha discursa durante a estreia de 'How to be a carioca' no Festival do RIo 2023 (foto: Alvaro Tallarico)

Uma das perguntas que fiz para Carlos Saldanha foi se dá para ensinar a como ser um carioca. Ele co-dirigiu os filmes “A Era do Gelo” e “Robôs” e dirigiu “A Era do Gelo 2”, “A Era do Gelo 3”; é o grande responsável pelas maravilhosas animações “Rio” e “Rio 2”. Sendo que estes dois últimos filmes estão entre os longas-metragens de maior bilheteria de todos os tempos. E, convenhamos, são maravilhosos mesmo. A nova empreitada desse grande cineasta é a minissérie “How to be a Carioca”. E, claro, com a mão desse talentoso artista, seria impossível não ser divertida.

“Não dá para ensinar, mas dá para acolher qualquer um que queira ser. O carioca é um estado de espírito.”, disse Carlos ao responder minha pergunta.

Pude ver os dois primeiros episódios a convite da Star+ e BcBiz, na pré-estreia no Festival do Rio 2023. A obra combinou demais com o cinema, afinal, tem cenas belíssimas do Rio de Janeiro, e é bem dirigida. Seu Jorge faz Francisco, um cara que sempre aparece para salvar os gringos, dando algum conselho e alguma lição sobre o jeitinho carioca. Uma das graças é que cada episódio conta uma história única e diferente, mas sempre ambientada na cidade maravilhosa. O foco é em coisas positivas e nossos estereótipos surgem de uma forma irreverente e criativa.

O primeiro episódio mostra bem a fé, digamos, aberta, e misturada que temos por aqui. Uma argentina Irene (Verónica Llinás) recebe a missão de jogar as cinzas da mãe do alto do Cristo Redentor. O problema é que ela não acredita em Deus, e outros empecilhos surgem. Douglas Silva faz o segurança, Luiz Henrique, do ponto turístico. O destaque fica para a amiga argentina Graciela (Andrea Frigerio, em atuação hilária) que se mostra mais conectada com nossas espiritualitades diversas. Difícil não sorrir com as situações que acontecem e com o bonito final.

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O segundo tem Raquel Villar brilhando em sua atuação como a produtora cultural Renata enquanto tem que ajudar um maestro alemão Mathias (Peter Ketnath). Esse se passa na Lapa, no Centro da cidade e, ainda por cima, tem a tradicional Feira de São Cristóvão.

Como carioca, foi maravilhoso ver essa obra e imaginá-la sendo vista no mundo inteiro nas televisões de tantos estrangeiros, despertando a vontade de trazê-los ao Rio para ver o quanto de coisas incríveis temos. Sim, há problemas, e precisamos que os governos cuidem da nossa população em muitas esferas. Contudo, o encando do Rio de Janeiro é infinito e sempre será inspirador para todas as artes.

Como carioca, fiquei lisonjeado ao perceber o tanto da nossa essência na série, e sei que outros sentirão a mesma coisa ao assistitem.

Por fim, a série conta com seis episódios com pouco menos de quarenta minutos e chega ao catálogo da Star+ no dia 18 de outubro. É baseada no livro “How to be a Carioca” (1991), de Priscilla Ann Goslin.

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