Setor de supermercados no Rio de Janeiro mantém saldo positivo na geração de empregos pelo terceiro mês consecutivo

O aumento nas contratações exige maior capacitação da mão de obra, o que contribui para o desenvolvimento do setor como um todo

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O setor supermercadista do estado do Rio de Janeiro registrou a criação de mais de 230 vagas formais de emprego em julho, marcando o terceiro mês consecutivo de saldo positivo entre contratações e demissões. O levantamento, divulgado pela Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), aponta uma recuperação significativa em relação ao mesmo período de 2023, quando o setor fechou 349 postos de trabalho. Esse desempenho reflete a expansão de grandes e pequenos estabelecimentos, que têm aproveitado o aumento da demanda.

O resultado surge em um contexto mais amplo de queda no desemprego no Brasil, cuja taxa fechou o semestre encerrado em julho em 6,8%, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice representa uma queda de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e é o melhor resultado desde 2014.

Segundo Leandro Rosadas, economista e especialista em gestão de supermercados, o impacto desse crescimento na geração de empregos vai além da simples redução no número de desempregados. “O aumento de vagas no setor supermercadista beneficia tanto pequenos quanto grandes negócios. No caso das pequenas lojas, mais empregos significam mais renda para as comunidades, o que estimula o consumo local e fortalece o mercado. A crescente competitividade também incentiva melhorias nos serviços e produtos”, afirma Rosadas.

Nas grandes redes, o cenário é igualmente positivo. O aumento nas contratações exige maior capacitação da mão de obra, o que contribui para o desenvolvimento do setor como um todo. “Essa expansão resulta em melhorias na infraestrutura e na modernização das operações, beneficiando tanto os grandes players quanto os pequenos empreendimentos, e criando um ambiente de negócios mais dinâmico e sustentável“, acrescenta o economista.

Rosadas destaca que o aumento na geração de empregos está diretamente ligado à recuperação das vendas no setor. “A confiança dos consumidores e a maior renda familiar, somadas à capacidade das empresas de se adaptar e explorar novas oportunidades, impulsionaram as vendas. Isso gerou a necessidade de mais trabalhadores”, explica.

A projeção do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), com base em dados do IBGE, corrobora esse otimismo. O Índice Antecedente de Vendas indicou um crescimento de 6,8% nas vendas dos supermercados em agosto, comparado ao mesmo mês do ano anterior, refletindo a tendência de recuperação.

Além disso, Rosadas ressalta que a modernização do setor, impulsionada pela adoção de novas tecnologias e pela expansão do comércio eletrônico, aumentou a competitividade e a eficiência das empresas. “Esse cenário permitiu que as empresas ampliassem suas equipes para atender à crescente demanda, evidenciando que o fortalecimento financeiro do setor está diretamente atrelado à criação de novos postos de trabalho“, conclui o especialista.

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