Sindicato aciona justiça contra Leader por atraso no pagamento de rescisões

Empresa em recuperação judicial atrasou a primeira parcela do acordo com ex-empregados e enfrenta bloqueio de contas para garantir os pagamentos. O novo dono, Renato Heringer, assumiu com otimismo mas já não cumpriria mais acordos

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O Sindicato dos Comerciários do Rio acionou a justiça e o Ministério Público do Trabalho pelo descumprimento, por parte das Lojas Leader, do prazo para pagamento da primeira parcela das verbas rescisórias acordadas judicialmente. O pagamento deveria ter sido realizado no dia 12 de outubro, mas até o momento a dívida com os ex-funcionários permanece pendente. A empresa deve mais de 1,2 bilhões na praça, embora esteja abrindo lojas novas – e não paga aluguel das antigas.

Em recuperação judicial, a Leader solicitou uma prorrogação de cinco dias para o depósito, mas também não cumpriu com o prazo estendido. De acordo com o presidente do Sindicato, Márcio Ayer, a empresa reconheceu o atraso perante o juiz e, após cobrança do sindicato, pagou a cesta básica em dobro aos trabalhadores, conforme estabelecido no acordo judicial. “O juiz determinou o bloqueio das contas da empresa para garantir o pagamento,” afirmou Ayer.

O sindicato representa mais de 100 trabalhadores demitidos no final de 2023, que têm direito ao pagamento das rescisões em parcelas crescentes, programadas para o dia 12 de cada mês. Acordado em setembro de 2024, o pacto prevê ainda o pagamento adicional de R$ 120,00 para cesta básica, com vencimento no dia 22 de cada mês enquanto durar o parcelamento. A Leader foi recentemente comprada por Renato Vaz Heringer e Marcio Lima, que chegaram trazendo inicialmente muito otimismo, porém não estariam cumprindo os acordos firmados.

Se a Leader não cumprir os compromissos firmados, poderá ser multada em R$ 50 mil por cada cláusula descumprida, além de uma multa adicional de R$ 1.000,00 por trabalhador prejudicado. O acordo inclui também uma indenização por dano moral coletivo de R$ 25 mil, a ser paga em duas parcelas, a partir de 2026, com reversão para uma instituição beneficente a ser indicada pelo Sindicato e Ministério Público.

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2 COMENTÁRIOS

  1. É uma bagunça sem igual que essas empresas fazem e agem aqui no Brasil.
    Faz a justiça de palhaço ?, perdoa as dívidas, faz acordo que não serão cumpridos caso o faturamento não seja atinjido o que foi estipulado, faz os trabalhadores de otários, enfim, é surreal!
    Acaba logo com essa empresa, pega o patrimônio dos donos, dos familiares, dos laranjas ? e com isso pelo menos seria dado um grande passo.

    Veja o que aconteceu com a ARCATA.

    Ferrou seus clientes numa boa, desapareceu no mapa, pegou dinheiro dos seus 40.000 clientes como eu e a justiça nada fez.
    Não se encontra nenhum de seus sócios que são uns 5 por aí.

    Acredito que pediram falência e deram nada como garantia para pagamento aos clientes e fornecedores.

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