O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe-RJ) aprovou, durante assembleia virtual, a proposta de entrar em greve, no caso das atividades presenciais serem convocadas pela Prefeitura do Rio. A volta às aulas está prevista para começar a partir de 3 de agosto nos colégios particulares da cidade.
Na assembleia foram apresentadas diversas falas nas quais os profissionais de educação, além de diretores do sindicato, se colocaram contra a volta às aulas enquanto a pandemia não estiver controlada, segundo padrões estabelecidos por entidades sanitárias e científicas, tendo a Fiocruz e universidades públicas à frente.A maioria dos profissionais da rede municipal votou “sim”: foram 263 votos totais, com 233 participantes votando a favor da greve (88,59%); 11 votos contrários (4,18%) e 19 abstenções (7,22%).
Também, em audiência do sindicato com a secretária Talma Romero Suane realizada nesta quarta-feira, dia 29, a diretoria do Sepe apresentou vários elementos e reafirmou o perigo para toda a comunidade escolar da volta apressada às atividades, como quer o prefeito e a SME – perigo não só para os profissionais, mas para estudantes, pais e responsáveis.
O Sepe reafirma que prestigia a comunidade científica, que de forma ampla e pública indica ser o retorno nesse momento inapropriado.
Neste sábado (01/08), a rede estadual de educação realizará assembleia e votação online para discutir a proposta de greve contra a volta das atividades presenciais em agosto. O link de cadastro para que os profissionais do estado participarem já está disponibilizado em nosso site.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que a Prefeitura do Rio não marcou data para volta às aulas seja nas escolas públicas municipais nem nas escolas particulares.
“Em coletivas (como a do dia 27/07), em vídeos e áudios enviados para toda a imprensa, o prefeito Marcelo Crivella deixou claro que datas em Diário Oficial são meras previsões, e que todas as decisões de flexibilização dependem da curva da COVID-19, monitorada pelo comitê científico“, disse a pasta, em nota.
“Existe um Grupo de Trabalho debatendo as condições ideais para o retorno às aulas. O Sepe faz parte deste grupo e sabe que está em fase de planejamento. Até hoje se aguarda uma proposta do sindicato em prol dos alunos e da educação pública de qualidade ….. Incitações a paralisações só confundem um ambiente já crítico pela pandemia e não levam a decisões de interesse público com equilíbrio e coerência“, completou a SME.
Apoiado! É o que os professores de todos os municípios deveriam fazer, caso a rede de ensino volte a ter aulas presenciais em plena pandemia. Não podemos concordar que façam nossas crianças de cobaias!