O Cesar Maia falou hoje em sua newsletter sobre a licitação das linhas de ônibus no Rio de Janeiro. Pelo que pude entender, se o prefeito do Rio conseguir fazer como imagina a licitação, a cidade vai ganhar um sistema de transporte público mais inteligente. Há várias linhas que fazem o mesmo trajeto, e muitas vezes com ônibus vazios.
Veja o que disse Cesar Maia:
- As licitações das linhas de ônibus ocorrerão até junho, deste ano, claro. É um complexo emaranhado de autorizações dadas com maior ou menor formalidade, desde 1960, com ajustes de linhas, etc. Por isso a tendência é realizar em duas etapas, na medida em que a segunda etapa será dependente da primeira, o que produzirá maior ganho para os usuários.
- Vocês têm toda a razão. Será usado como critério, a exemplo da licitação recente dos pedágios federais, não a receita para a prefeitura, mas as vantagens para o consumidor. Por isso serão licitadas as tarifas das passagens, incluindo o atual sistema de gratuidades. Os valores pagos em licitações de concessão com receitas para os governos nos dão a certeza que os valores atuais serão um limite superior.
- Poder-se-á fazer licitações cruzadas como vocês sugerem, mas a complexidade hoje não permite garantir a possibilidade embora os estudos continuem. Inicialmente deverão ser licitados os vetores -ou cones- básicos com pólo fulcral no Centro da Cidade, em direção as regiões sul, norte, e oeste.
- Realmente o numero de ônibus no corredor da zona sul – centro será reduzido. Não só aí. Não se tem a proporção ainda. Mas será uma redução no entorno de 50% do numero de ônibus.
- De fato pensa-se em licitar um subsistema de linhas articuladas com o Metrô e com o Trem a partir das existentes, mas ampliando na zona norte -linha 2 do metrô- principalmente. Há algum elemento jurídico sendo analisado, pois há concessões em curso no transporte sobre trilhos que são estaduais.
- E -como vocês afirmam- o TAC -transporte auxiliar alternativo- será também licitado. Mas nesse caso numa segunda etapa, pois sendo auxiliar dever-se-á primeiro conhecer as linhas que já terão sido licitadas. E pensa-se em levar em conta a característica de propriedade individual com experiência comprovada, para que as grandes empresas não se apoderem do sistema produzindo distorções inclusive em nível do emprego.