Som alto e corridas geram reclamações de moradores da Glória, que cobram equilíbrio entre lazer e descanso

Moradores protestam nas redes sociais contra o barulho de eventos esportivos aos domingos e pedem maior controle sobre os níveis de som e os horários às autoridades

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Aterro do Flamengo visto da Glória

Moradores da Glória, na Zona Sul do Rio de Janeiro, manifestam, por meio das redes sociais, insatisfação com o barulho causado por grandes eventos esportivos realizados na região nas primeiras horas dos domingos, um dia comum para corridas. As atividades acontecem por volta das 7h, como no caso da Corrida e Caminhada pela Inclusão Olga Kos Rio – Ano II, realizada hoje (15/12).

Embora reconheçam a importância do uso do espaço público para práticas esportivas, o som excessivamente alto e a presença de locutores narrando os eventos em tom elevado têm perturbado o descanso de quem vive na região, em um dia normalmente reservado para acordar mais tarde e relaxar.

No perfil do Instagram “Informe Gloriano”, com 14,2 mil seguidores, uma postagem sobre a situação, que serviu de base para esta matéria, gerou inúmeros comentários dividindo a opinião dos internautas. A maioria, moradores da região, concorda com o barulho excessivo, enquanto outros consideram a reclamação desnecessária e alegam que as pessoas estão reclamando sem motivo.

“Adoro as corridas, acho lindo! Mas são muitos domingos com volume muito alto. Se fosse um pouco mais baixo e talvez as caixas de som em outra posição, já resolveria. Não precisa deixar de ter evento”, comentou uma internauta. Outra pessoa, por sua vez, minimizou a queixa. “Você quer morar em frente ao maior parque público do país, mas não aceita que o parque seja público, ele é só seu. Assim pensa o morador da Glória. Seria equivalente a se mudar para a Lapa e reclamar do barulho dos bares”.

Uma moradora da região rebateu a crítica. “Moro há anos em frente à praça e não tinha esses eventos com tanta frequência. Hoje foi o segundo domingo seguido do mês. Dois domingos seguidos sendo acordados às 6h por locutor e música altíssima. Agora, bar na Lapa não é novidade, né?”.

As opiniões não param nos eventos esportivos. Alguns moradores alegam que o som do baile funk no Morro Santo Amaro também atrapalha os momentos de descanso e que esse, sim, deveria ser o primeiro a ser revisto antes dos eventos esportivos. “Muito pior é o Funk do Santo Amaro, 6h estava super alto em duas noites seguidas”, comentou outro morador.

Ainda segundo a página, o problema já ocorre há bastante tempo, mas até o momento nenhuma solução objetiva foi implementada para diminuir os impactos no sossego do bairro, seja pelo baile ou pelos eventos esportivos, pela Prefeitura do Rio de Janeiro. A conta de notícias ainda reitera que o descontentamento não é com a realização dos eventos em si, mas com a falta de equilíbrio entre o direito ao lazer e o respeito pelo descanso dos moradores.

“Eventos em áreas públicas devem observar limites como horários adequados, controle dos níveis de decibéis e, acima de tudo, o bom senso. Será que é realmente indispensável um sistema de som tão potente e um locutor nesses horários? O barulho gerado nessas circunstâncias invade os apartamentos do entorno, despertando moradores de forma brusca e prejudicando sua qualidade de vida”, comenta o perfil em uma publicação com curtidas e comentários com diversas opiniões.

A exposição a ruídos elevados pode causar danos à saúde humana, como insônia, aumento do estresse, irritabilidade e até problemas cardiovasculares. Cabe aos organizadores dessas atividades e às autoridades competentes dialogar para encontrar uma solução que contemple tanto os praticantes de esportes quanto o bem-estar do bairro.

“O uso do espaço público é vital para a cidade, mas precisa estar em harmonia com a rotina de quem vive no entorno. Que as autoridades considerem os impactos desses eventos e implementem medidas que promovam um convívio mais respeitoso e equilibrado”, finaliza o post.

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1 COMENTÁRIO

  1. Ocorre um excesso desses eventos esportivos além da ocupação dos gramados por famílias inteiras de farofeiros com churrasqueiras e cadeirinhas, que também ocupam o calcadão da praia, inclusive ambulantes, que como sempre muito folgados ainda se colocam atravessados na via… enfim, brasileiro é povo muito sem educação mesmo… ficou acomodado no estágio evolutivo.

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