Sim, haverá dinheiro público na construção do pretenso Autódromo de Deodoro; sob a forma de doação imobiliária de até 41% da área total do terreno que foi cedido pela União ao Município para este “negócio”. Ou terra pública, com índices construtivos, não é dinheiro ???
Mais uma vez, um possível “negócio esportivo” esconde uma transação imobiliária com terras públicas (o maior deles, na gestão Paes, foi no Parque Olímpico da Barra).
Agora é em área da União cedida ao Município, na última reserva de Mata Atlântica de baixada do Estado do Rio de Janeiro, em processo avançado de regeneração, em Deodoro, na Zona Norte do Rio.
Contraprestação imobiliária – Para ir direto ao assunto; a mídia noticia que o pretenso Autódromo de Deodoro, a ser edificado através de Parceria público-privada (PPP), custará cerca de R$ 700 milhões que viriam exclusivamente da iniciativa privada. FALSO!
No edital publicado e aprovado pelo TCM-Rio, está previsto a chamada “contraprestação imobiliária”.
Esta “contraprestação imobiliária” seria de até 41% da área total do terreno, que é de 1.927.211 m2 (hum milhão, novecentos e vinte e sete mil, duzentos e onze metros quadrados). Ou seja, 59% seria a área do pretenso autódromo, cedido por 35 anos à iniciativa privada, e reversível, depois deste prazo, ao patrimônio do Município.
Operação privada – E até 41% da área seria a contraprestação dada ao concessionário para que este fizesse sua operação imobiliária privada, e, com este dinheiro, em tese, financiasse a construção do autódromo. Então, 40% do patrimônio público será privatizado para construção imobiliária privada.
Veja abaixo o quadro que especifica a área total e, dentro dela, as partes e seus percentuais de privatização, com os respectivos Índices de Aproveitamento de cada uma.
É muita inocência achar que destruir uma floresta para construir um autódromo vai resolver todos os problemas da região. Vai resolver os problemas financeiros dos envolvidos.
Existem coisas muito mais inteligentes e necessárias do que um autódromo para fomentar a economia do RJ.
Duvido que a iniciativa privada vá arcar com os custos de manutenção de um autódromo que não servirá para praticamente nada, uma prova de Stock Car e olhe lá.
As provas de F1 e de Moto GP são pagas. Silverstone, uma das pistas mais tradicionais teria que pagar 16 milhões de libras para a FIA, para sediar a prova só não foi cancelada porque a FIA na iminência de perder Silverstone, deu um desconto e parcelou o pagamento. Pergunto: quanto o RJ terá que pagar para termos a F1?
Vamos esquecer esse negócio de autódromo, ele vai acabar como os equipamentos olímpicos, deixa esse negócio de automobilismo para os paulistas…
Essa área está totalmente abandonada e só serve para desolva e roubos !!
Temos que nos preocupar com a cidade do Rio de Janeiro que vive umas das piores crises econômicas de sua história…Quantas pessoas estão esperando as obras para poderem trabalhar…Quantos agentes do turismo não serão beneficiados? Com atitudes como essa que eu vejo que todos estão contra o nosso Rio de Janeiro!!!